Avaliação de fatores que podem influenciar na capacidade do ácido gálico e ácido tânico de precipitar proteínas a partir do plasma humano

Taninos hidrolisáveis são compostos fenólicos que formam estruturas estáveis com proteínas, em determinadas condições estruturais e ambientais, através de interações hidrofóbicas e ligações de hidrogênio. Diante desta característica dos taninos e frente ao aumento da demanda por hemoderivados, cujos...

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Main Author: PINTO, Aline Ferreira
Other Authors: LEITE, Ana Cristina Lima
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30634
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spelling ir-123456789-306342019-05-14T05:06:19Z Avaliação de fatores que podem influenciar na capacidade do ácido gálico e ácido tânico de precipitar proteínas a partir do plasma humano PINTO, Aline Ferreira LEITE, Ana Cristina Lima NASCIMENTO, Jéssica Miranda do http://lattes.cnpq.br/1569397004825087 http://lattes.cnpq.br/8115160528911145 Plasma Proteínas do sangue Precipitação fracionada Taninos hidrolisáveis Taninos hidrolisáveis são compostos fenólicos que formam estruturas estáveis com proteínas, em determinadas condições estruturais e ambientais, através de interações hidrofóbicas e ligações de hidrogênio. Diante desta característica dos taninos e frente ao aumento da demanda por hemoderivados, cujos processos de produção ocorrem em várias etapas e são de custo elevado, este trabalho visa avaliar a capacidade dos taninos hidrolisáveis de precipitar proteínas. Neste estudo, foram avaliados diferentes fatores que podem influenciar na capacidade do ácido gálico (AG) e do ácido tânico (AT) de precipitar proteínas plasmáticas humanas. Até então, a literatura relata este tipo de precipitação somente com proteínas isoladas. As condições utilizadas para a análise da capacidade de precipitação dos taninos foram realizadas em função do solvente (água e solução etanólica 30%), da ordem de ajuste do pH (antes e após a adição da solução de tanino no plasma), do pH do meio (3,0; 4,0; 4,5; 5,0; 5,5; 6,0; 6,5; 7,0; 7,5 e 10), da razão tanino/plasma (1 g, 1,5 g e 2 g/100ml) e do tempo de homogeneização (15 e 30 min). Para cada experimento foram realizadas duas precipitações sucessivas. Os precipitados obtidos (P1 e P2) e o último sobrenadante (S2) foram utilizados para a avaliação das condições de precipitação. A análise dos produtos obtidos foi feita através das técnicas de eletroforese PAGE nativo, de quantificação proteica pelo método de Bradford, do potencial zeta e de espalhamento dinâmico de luz. As diferentes condições realizadas neste estudo permitiram estabelecer os melhores parâmetros para a precipitação de proteínas plasmáticas utilizando taninos. Para o AG, a solução etanólica demonstrou maior eficiência como solvente, com 63,8% das proteínas no P1. Porém, este tanino demonstrou baixa solubilidade e menor interação com as proteínas, sendo a razão AG/plasma 1,5 insuficiente para precipitar todas as proteínas em duas etapas de precipitação. Assim, os experimentos com o AG foram descontinuados. Nos ensaios com o AT, a água mostrou ser o solvente mais adequado, com 74,8% das proteínas no P1. O ajuste de pH depois da adição da solução de AT propiciou a estabilidade do pH e maior formação de precipitado proteico. Nas variações de pH, as precipitações foram influenciadas pelos pHs próximos aos pontos isoelétricos da albumina e da IgG, respectivamente no pH 4,5, com P1=88,86% P2=11,14% e, no pH 7,0, com P1= 47,27% e P2= 50,48% das proteínas. Contudo, houve formação de precipitados em todas as condições de pHs testados. As imagens de eletroforese mostraram a predominância de três bandas – gamaglobulina, alfa-1 e albumina – nos dois precipitados, independente dos pHs utilizados. Com o aumento da razão AT/plasma, houve um aumento progressivo de precipitado proteico na primeira etapa de precipitação. Em relação ao tempo de homogeneização, 15 minutos mostrou ser suficiente para precipitar todas as proteínas do meio, com 72,3% destas no P1. Diante dos resultados obtidos, concluímos que os taninos hidrolisáveis são efetivos como precipitantes de proteínas plasmáticas humanas. Adicionalmente, foi verificado que o ácido tânico é mais eficiente na precipitação quando comparado ao ácido gálico. CAPES Hydrolysable tannins are phenolic compounds that form stable structures with proteins, under certain structural and environmental conditions, through hydrophobic interactions and hydrogen bonds. In view of this characteristic of tannins and the increasing demand for blood products, whose production processes occur in several stages and are of high cost, this work aims to evaluate the hydrolyzable tannins capacity to precipitate proteins. In this study, were evaluated different factors that may influence the capacity of gallic acid (GA) and tannic acid (TA) to precipitate human plasma proteins. Until now, the literature reports this type of precipitation only with isolated proteins. The conditions used for the analysis of the tannin precipitation capacity were performed as a function of the solvent (water and ethanolic solution 30%) of the order of pH adjustment (before and after the addition of the tannin solution in the plasma), environment ph (3,0; 4,0; 4,5; 5,0; 5,5; 6,0; 6,5; 7,0; 7,5 e 10), of the tannin/plasma ratio (1 g, 1,5 g e 2 g/100ml) and homogenization time (15 and 30 min). For each experiment, two successive precipitations were performed. The precipitation obtained (P1 and P2) and the last supernatant (S2) were used for the evaluation of precipitation conditions. The analysis of the obtained products was done through the techniques of native PAGE electrophoresis, and protein quantification by the Bradford method, zeta potential and dynamic light scattering. The protein quantification allowed the evaluation of the influence of all the variations applied, according to the yield of precipitate in each precipitation step. The zeta potential and dynamic light scattering, provided information on the variation of fillers and tannins complexation with proteins as a function of pH. The electrophoresis images provided information on precipitated proteins according to their charges and sizes. The different conditions performed in this study allowed to establish the best parameters for precipitation of plasma proteins using tannins. For GA, the ethanolic solution demonstrated greater efficiency as solvent, with 63.8% of proteins in P1.However, this tannin demonstrated low solubility, less interaction with proteins, being the AG/plasma ratio of 1,5 insufficient to precipitate all the proteins in two steps of precipitation. Thus, experiments with GA were discontinued. In the TA tests, water was the most suitable solvent, with 74.8% of the proteins in P1. The pH adjustment after addition of the TA solution provided pH stability and increased formation of protein precipitate. In pH variations, the precipitations were influenced by the isoelectric points of albumin and IgG, respectively at pH 4.5, with P1=88.86% and P2=11.14% and, at pH 7.0, with P1=47.27% and P2=50.48% of the proteins. However, there was precipitate formation at all pHs conditions tested. The electrophoresis images showed the predominance of three bands - gamma globulin, alpha-1 and albumin - in the two precipitates, independent of the pHs used. With the increase AT / plasma ratio increase, occurred a progressive increase of protein precipitate in the first stage of precipitation. Regarding the homogenization time, 15 minutes showed to be sufficient to precipitate all the proteins from the medium, with 72.3% of these in P1. According to the results obtained, we conclude that the hydrolyzable tannins are effective as precipitants of human plasma proteins. In addition, tannic acid has been found to be more efficient at precipitation when compared to gallic acid. 2019-05-13T20:18:33Z 2019-05-13T20:18:33Z 2017-11-17 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30634 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Ciencias Farmaceuticas
institution REPOSITORIO UFPE
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PINTO, Aline Ferreira
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description Taninos hidrolisáveis são compostos fenólicos que formam estruturas estáveis com proteínas, em determinadas condições estruturais e ambientais, através de interações hidrofóbicas e ligações de hidrogênio. Diante desta característica dos taninos e frente ao aumento da demanda por hemoderivados, cujos processos de produção ocorrem em várias etapas e são de custo elevado, este trabalho visa avaliar a capacidade dos taninos hidrolisáveis de precipitar proteínas. Neste estudo, foram avaliados diferentes fatores que podem influenciar na capacidade do ácido gálico (AG) e do ácido tânico (AT) de precipitar proteínas plasmáticas humanas. Até então, a literatura relata este tipo de precipitação somente com proteínas isoladas. As condições utilizadas para a análise da capacidade de precipitação dos taninos foram realizadas em função do solvente (água e solução etanólica 30%), da ordem de ajuste do pH (antes e após a adição da solução de tanino no plasma), do pH do meio (3,0; 4,0; 4,5; 5,0; 5,5; 6,0; 6,5; 7,0; 7,5 e 10), da razão tanino/plasma (1 g, 1,5 g e 2 g/100ml) e do tempo de homogeneização (15 e 30 min). Para cada experimento foram realizadas duas precipitações sucessivas. Os precipitados obtidos (P1 e P2) e o último sobrenadante (S2) foram utilizados para a avaliação das condições de precipitação. A análise dos produtos obtidos foi feita através das técnicas de eletroforese PAGE nativo, de quantificação proteica pelo método de Bradford, do potencial zeta e de espalhamento dinâmico de luz. As diferentes condições realizadas neste estudo permitiram estabelecer os melhores parâmetros para a precipitação de proteínas plasmáticas utilizando taninos. Para o AG, a solução etanólica demonstrou maior eficiência como solvente, com 63,8% das proteínas no P1. Porém, este tanino demonstrou baixa solubilidade e menor interação com as proteínas, sendo a razão AG/plasma 1,5 insuficiente para precipitar todas as proteínas em duas etapas de precipitação. Assim, os experimentos com o AG foram descontinuados. Nos ensaios com o AT, a água mostrou ser o solvente mais adequado, com 74,8% das proteínas no P1. O ajuste de pH depois da adição da solução de AT propiciou a estabilidade do pH e maior formação de precipitado proteico. Nas variações de pH, as precipitações foram influenciadas pelos pHs próximos aos pontos isoelétricos da albumina e da IgG, respectivamente no pH 4,5, com P1=88,86% P2=11,14% e, no pH 7,0, com P1= 47,27% e P2= 50,48% das proteínas. Contudo, houve formação de precipitados em todas as condições de pHs testados. As imagens de eletroforese mostraram a predominância de três bandas – gamaglobulina, alfa-1 e albumina – nos dois precipitados, independente dos pHs utilizados. Com o aumento da razão AT/plasma, houve um aumento progressivo de precipitado proteico na primeira etapa de precipitação. Em relação ao tempo de homogeneização, 15 minutos mostrou ser suficiente para precipitar todas as proteínas do meio, com 72,3% destas no P1. Diante dos resultados obtidos, concluímos que os taninos hidrolisáveis são efetivos como precipitantes de proteínas plasmáticas humanas. Adicionalmente, foi verificado que o ácido tânico é mais eficiente na precipitação quando comparado ao ácido gálico.
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