Avaliação da atividade cicatrizante da membrana de xiloglucana com ou sem Cramoll 1,4 em modelos de camundongos diabéticos

Lectinas podem ser compreendidas como sendo proteínas (ou glicoproteínas) de origem não imunológica que se ligam reversivelmente a carboidratos, são encontradas em forma livre ou ligadas a superfícies celulares por meio de sítios de ligação em sua estrutura tridimensional. Estudos demonstraram que a...

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Main Author: ANDRADE, Fernanda Miguel de
Other Authors: CORREIA, Maria Tereza dos Santos
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30859
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Summary: Lectinas podem ser compreendidas como sendo proteínas (ou glicoproteínas) de origem não imunológica que se ligam reversivelmente a carboidratos, são encontradas em forma livre ou ligadas a superfícies celulares por meio de sítios de ligação em sua estrutura tridimensional. Estudos demonstraram que a lectina de Cratylia mollis, Cramoll 1,4, em solução salina promoveu em um menor tempo o efetivo fechamento e reparo de feridas em ratos imunocomprometidos quando comparado com grupo controle (solução salina). Uma estratégia para aumentar a potência de drogas é o seu enclausuramento em membranas polissacarídicas, as quais têm se mostrado eficientes na veiculação e liberação controlada de drogas. Frequentemente, feridas diabéticas envolvem extensas necroses e processos infecciosos que podem levar a amputação de membros, afetando de forma devastadora a qualidade de vida dos indivíduos afetados. O presente estudo teve como objetivo avaliar o potencial cicatrizante da membrana de Xiloglucana extraída de Hymenaea courbaril contendo ou não Cramoll 1,4 em modelos de camundongos diabéticos induzidos. Foram utilizados 60 camundongos Swiss albino machos, divididos ao acaso em 4 grupos experimentais cada um contendo 15 animais: Grupo Controle – Animais diabéticos tratados diariamente com 100 μL solução salina; Grupo Cramoll – Animais diabéticos tratados diariamente com 100 μL Cramoll 1,4; Grupo Xilo – Animais diabéticos tratados com membrana de xiloglucana e Grupo Xilo+Cramoll – Animais diabéticos tratados com membrana de xiloglucana contendo 100 μL Cramoll 1,4. Os resultados mostraram que nos grupos Cramoll, Xilo e Xilo+Cramoll houve uma aceleração na formação de crostas, na reepitelização e desprendimento, uma maior retração das feridas, e que os eventos histológicos e hematológicos típicos do processo de cicatrização ocorreram precocemente nesses grupos quando comparado com o grupo Controle. De acordo com os resultados, o tratamento com membranas de Xiloglucana com ou sem Cramoll 1,4 em feridas de camundongos diabéticos é eficaz, tornando esses compostos interessantes para a indústria farmacêutica.