Avaliação histológica dos brotamentos peritumorais no câncer colorretal

O câncer colorretal (CCR) é uma das neoplasias malignas com maior incidência e mortalidade no mundo. Uma das medidas mais importantes na busca de maiores índices de cura encontra-se no estudo dos fatores prognósticos através da análise histopatológica. Os brotamentos peritumorais, alvos de numerosas...

Full description

Main Author: SOUTO MAIOR, Marcelo do Rego Maciel
Other Authors: MELLO, Roberto José Vieira de
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31010
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Summary: O câncer colorretal (CCR) é uma das neoplasias malignas com maior incidência e mortalidade no mundo. Uma das medidas mais importantes na busca de maiores índices de cura encontra-se no estudo dos fatores prognósticos através da análise histopatológica. Os brotamentos peritumorais, alvos de numerosas pesquisas nos últimos anos, são um biomarcador histológico associado a piores desfechos. Contudo, para sua avaliação e implementação na rotina diagnóstica ainda se faz necessário validar e padronizar um método de quantificação e graduação. No presente trabalho, avaliamos os brotamentos propondo-nos a medir estatisticamente sua associação com fatores prognósticos do CCR e validar a técnica de Ueno modificada. De forma retrospectiva, obtivemos espécimes cirúrgicos de 92 colectomias por CCR realizadas no HC-UFPE entre 2005 e 2016 e utilizamos o método de Ueno modificado para avaliar os brotamentos, por ser a técnica mais reproduzida nos grandes estudos. Os espécimes foram classificados em alto e baixo grau, com posterior cálculo da associação entre os brotamentos e outros fatores prognósticos. Semelhantemente às grandes publicações, encontramos associação positiva, estatisticamente significativa, entre os brotamentos de alto grau e as (metástases linfonodais) (p= 0,023), a (invasão angiolinfática) (p< 0,001) e (perineural) (p< 0,001), a (borda tumoral do tipo infiltrativa) (p< 0,001) e os (depósitos tumorais no tecido adiposo mesocólico) (p= 0,005). Concluímos que os brotamentos em alto grau estão de fato associados a outros biomarcadores prognósticos e que a técnica de Ueno modificada é factível, custo-efetiva e capaz de quantificar os brotamentos com precisão.