Potencial de produção de oleaginosas no semiárido pernambucano, com ênfase ao desenvolvimento de Syagrus coronata (Licuri) em solos degradados
O semiárido brasileiro conta com um número expressivo de espécies endêmicas e/ou adaptadas com potencial oleaginoso. O Estado de Pernambuco demanda estudos para compreender o estágio atual de produção de oleaginosas, associada a investigações dos ciclos de desenvolvimento de espécies nativas em ambi...
Main Author: | PEREIRA, Iwelton Madson Celestino |
---|---|
Other Authors: | PEREIRA, Eugênia Cristina Gonçalves |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
|
Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31060 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: |
O semiárido brasileiro conta com um número expressivo de espécies endêmicas e/ou adaptadas com potencial oleaginoso. O Estado de Pernambuco demanda estudos para compreender o estágio atual de produção de oleaginosas, associada a investigações dos ciclos de desenvolvimento de espécies nativas em ambientes degradados a fim de promover potenciais usos para a produção de biodiesel. Assim, neste trabalho, objetivou-se determinar o potencial do Estado de Pernambuco para a produção de oleaginosas no semiárido e a capacidade germinativa e de crescimento de espécies endêmicas em solos degradados. O presente estudo contou com uma pesquisa exploratória junto ao Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA); a Agencia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis; e ao Ministério do Desenvolvimento Agrário. A produção agrícola do Estado nos últimos 18 anos foi caracterizada, utilizando o ano de 2016 como referência para a produção de mapas síntese, utilizando-se o programa ArcGis® versão 9.1, da atual distribuição da produção de oleaginosas. A capacidade germinativa da palmeira nativa da Caatinga Syagrus coronata - licuri, foi estudada em diferentes substratos e in vitro (na presença de substâncias liquênicas). Embriões de S. coronata, foram inoculados em meio de cultura Y3 adicionado de extrato etéreo de Cladonia substellata: para avaliar o desenvolvimento de S. coronata germinada in vitro, em Neossolos Flúvicos salinizados (11 cmolc/dm³ de Na+) ou não salinizados (0,19 cmolc/dm³ de Na+) plântulas sobreviventes do processo de germinação in vitro foram transplantadas para sacos contendo solo (salinizado ou não salinizado) e armazenadas em estufa com condições de temperatura e irrigação controladas. Após o encerramento da fase de crescimento foram realizadas medições de comprimento de raiz e folha, contabilização das plantas vivas e mortas. Testes de germinação com Lycopersicon esculentum e Lactuca sativa in vitro e em Neossolo Flúvico salinizado ou não foram empreendidos com o objetivo de investigar o comportamento dessas espécies em solos degradados, nas mesmas condições nas quais o licuri foi submetido. Os resultados indicaram que Pernambuco apresenta uma produção desarticulada, territorialmente, vinculada ao atendimento de demandas locais. O uso das espécies oleaginosas endêmicas da região tem sido ignorado nos projetos de produção energética. Os ensaios de germinação in vitro indicaram não haver interferência dos ácidos liquênicos no desenvolvimento radicular e da parte aérea do licuri, indicando, contudo, ação inibidora de processos contaminantes. O desenvolvimento em solo gerou uma alta mortalidade no licuri, contudo, entre os indivíduos sobreviventes, não foi observada diferença morfológica. A germinação de tomate e alface apresentou diferenças nas taxas de germinação entre os tratamentos de solo, demonstrando diferença nos comprimento de raiz e número de folhas. O teste germinativo in vitro do tomate e da alface indicou um retardo significativo na velocidade de germinação e no percentual germinativo diante das concentrações de Na+. Conclui-se, portanto, que as plântulas de licuri observadas não sofreram interferência morfológica dos níveis de sais estudados, ao passo que para o desenvolvimento do tomate e da alface as interferências foram mais marcantes, acarretando retardo no tempo de germinação, diminuição no comprimento da raiz e no número total de folhas desenvolvidas. |
---|