Avaliação da atividade antiulcerogênica das folhas e frutos de Spondias mombin L. (Anacardiaceae)
Spondias mombin L. é usada na etnomedicina para o tratamento de inflamações e doenças gastrointestinais. Esse estudo investigou a atividade antiulcerogênica e o possível mecanismo de ação do extrato etanólico das folhas (EESm) e dos seus principais compostos ácidos gálico (AG) e elágico (AE), do ext...
Main Author: | BRITO, Samara Alves |
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Other Authors: | WANDERLEY, Almir Goncalves |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31317 |
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Summary: |
Spondias mombin L. é usada na etnomedicina para o tratamento de inflamações e doenças gastrointestinais. Esse estudo investigou a atividade antiulcerogênica e o possível mecanismo de ação do extrato etanólico das folhas (EESm) e dos seus principais compostos ácidos gálico (AG) e elágico (AE), do extrato hexânico das folhas (EHSm) e do sumo dos frutos (SFSm) de S. mombin. A caracterização fitoquímica foi realizada por cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A atividade antiulcerogênica do EESm, AG, AE, GA + EA, EHSm e SFSm foram avaliadas por modelos de lesões gástricas induzidas por etanol acidificado, etanol absoluto e indometacina. Posteriormente avaliou-se a capacidade antissecretora, a participação do muco e a influência dos grupos sulfidrilas (SH), óxido nítrico (ON) e prostaglandinas (PG) no efeito gastroprotetor. A atividade cicatrizante foi avaliada pelo modelo de úlcera crônica induzida por ácido acético e por análises histológicas e imunohistoquímicas (Ki-67 e BrdU). A atividade anti-H. pylori foi realizada para determinação da concentração inibitória mínima (CIM) do EESm (64-1024 μg/mL). Os resultados mostram que na CLAE identificou no EESm, ácido gálico e ácido elágico; no EHSm, rutina, epicatequina entre outros e no SFSm, epicatequina e quercetina. O EESm (50, 100 e 200 mg/kg) reduziu o índice de lesão ulcerativa induzida pelo etanol acidificado em 59,0; 71,2 e 74,4% em relação ao controle. Na úlcera induzida por etanol foi observado que o EESm reduziu a área de lesão ulcerativa (ALU) em 23,8; 90,4 e 90,2%, respectivamente, O AG (10 mg/kg), o AE (7 mg/kg) ou AG + AE (10 + 7 mg/kg) reduziram as ALUs em 71,8; 70,9 e 94,9%, respectivamente, o EHSm (5, 10 e 20 mg/kg) reduziu ALU em 93,9; 90,3 e 92,6% respectivamente e o SFSm (25, 50 e 100%) reduziu a ALU em 42,4; 45,0 e 98,2% respectivamente. Na úlcera induzida por indometacina foi observado somente para o EESm (três doses) reduziu a ALU em 36,8; 49,4 e 49,9%, respectivamente e para o SFSm (100%) reduzção da ALU em 58,9%. Quanto ao mecanismo de ação gastroprotetor verificou-se que o EESm aumentou o pH, diminuiu a secreção de ácido e a concentração de H⁺ no conteúdo gástrico, aumentou os níveis de muco e, mostrou-se dependente dos grupos -SH e NO sobre a proteção do mucosa gástrica. O EHSm reduziu a secreção de H⁺ no conteúdo gástrico e, mostrou-se dependente dos grupos -SH e NO sobre a proteção do mucosa gástrica. O SFSm reduziu o conteúdo gástrico e a acidez total. No modelo de úlcera crônica, os extratos reduziram a área da lesão gástrica com regeneração do epitélio da mucosa. EESm mostrou atividade anti-H. pylori. Em conclusão, os extratos são antiulcerogenicos com mecanismo de ação antissecretor. O EESm e EHSm dependem do grupos -SH e NO na gastroproteção. O EESm estimula a produção de muco e tem ação anti H. pylori. Os extratos das folhas e o sumo dos frutos são cicatrizantes gástricos e a ação antiulcerogênica do EESm estar relacionada a presença e ao sinergismo dos ácidos gálico e elágico. |
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