Abandono do tratamento da Tuberculose em Pernambuco: aspectos epidemiológicos e padrões espaciais de 2008 a 2017

A Tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis e apresenta-se como um dos grandes problemas de saúde pública. A doença, além de ter um forte estigma social, tem sua eliminação comprometida por vários entraves, dentre eles o abandono do tratamento, que apes...

Full description

Main Author: SILVA, Sue Helen Dantas Caldas da
Other Authors: SILVA, Amanda Priscila de Santana Cabral
Format: bachelorThesis
Language: por
Published: 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31924
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Summary: A Tuberculose é uma doença infecto-contagiosa, causada pelo Mycobacterium tuberculosis e apresenta-se como um dos grandes problemas de saúde pública. A doença, além de ter um forte estigma social, tem sua eliminação comprometida por vários entraves, dentre eles o abandono do tratamento, que apesar de ser disponibilizado pelo SUS, é de longa duração. Este estudo descreve o perfil dos usuários que abandonaram o tratamento da tuberculose no estado de Pernambuco, no período entre 2008 a 2017. As variáveis utilizadas foram sexo, faixa etária, raça/cor, escolaridade tipo de entrada, forma, realização de baciloscopia, realização de cultura, testagem anti-HIV e situação de encerramento. A fonte de dados foi o banco de dados da tuberculose do Sistema Nacional de Agravos de Notificação e obtidos por meio do DATASUS – Tabnet e do IBGE. Observou-se que o percentual de encerramento por abandono do tratamento de tuberculose em Pernambuco, durante a década estudada, foi de 12,6% A distribuição espacial apontou maior incidência de casos notificados no período de estudo em cinco municípios, cuja taxa foi de 20 a 57,8 casos/100.000 habitantes, também mostrando um percentual de encerramento por abandono entre 20,1% e 50,1% no final do estudo. O estudo aponta fragilidades nas ações de vigilância dos municípios, no acompanhamento dos casos e mesmo na ocasião da notificação dos casos, sendo necessário esforço coletivo para melhoria dos indicadores epidemiológicos e operacionais.