Tendência e diferenciais das causas pouco uteis de mortalidade no Brasil, no período de 2000 a 2015
As causas pouco úteis de mortalidade se tornaram um desafio para a saúde no que se diz respeito a fidedignidade dos dados dispostos no SIM, o que implica diretamente no planejamento de ações, na análise de situação de saúde da população e na tomada de decisão do gestor. Outra dificuldade inerente do...
Main Author: | NASCIMENTO, Allane Tenório Brandão da Silva |
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Other Authors: | MAIA, Lívia Teixeira de Souza |
Format: | bachelorThesis |
Language: | por |
Published: |
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31998 |
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Summary: |
As causas pouco úteis de mortalidade se tornaram um desafio para a saúde no que se diz respeito a fidedignidade dos dados dispostos no SIM, o que implica diretamente no planejamento de ações, na análise de situação de saúde da população e na tomada de decisão do gestor. Outra dificuldade inerente do processo fragmentado de estruturação do SIM é a análise das declarações de óbitos e consequentemente na construção do perfil de mortalidade. O presente estudo tem por objetivo analisar a tendência e diferenciais das causas pouco úteis (CPU) de mortalidade no Brasil, entre os anos de 2000 a 2015. Como método foi realizado um estudo quantitativo do tipo ecológico de série temporal da proporção das CPU no Brasil e suas macrorregiões e unidades da federação entre os anos de 2000 a 2015. Os dados foram obtidos pelo software ANACONDA, disponibilizado pelo Ministério da Saúde. A tendência temporal foi estimada por meio do método de regressão linear simples, e calculou-se o Índice de Redução Relativo (IRR%) para mensuração dos seus diferenciais. A proporção de óbitos por CPU no Brasil passou de 42,7% em 2000 para 34,2% em 2015, uma redução de 20%, com uma tendência de declínio estatisticamente significante em todas as análises, exceto apenas nos estados de Amapá e Roraima. Verificou-se uma concentração de percentuais mais altos de CPU nos estados do Norte e Nordeste, mas foi também onde se constatou a diminuição mais expressiva, com IRR% de 2,04 e 3,64, respectivamente. Apesar da redução dos óbitos por CPU no país, os índices atuais ainda são elevados se considerados a média de países desenvolvidos. Ademais, verifica-se a persistência de desigualdades regionais na qualidade da informação, embora com redução de patamar desses diferenciais. Tais achados permitem dimensionar a relevância das CPU para análise dos dados de mortalidade, configurando-se num dos atuais desafios para melhoria das estatísticas vitais no país. |
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