Influência da radiação gama sobre a toxicidade do extrato das folhas de Libidibia ferrea
O emprego da fitoterapia tem crescido nos serviços públicos de saúde no Brasil. Desta forma, considerando a biodiversidade brasileira como fonte de medicamentos, é evidente a importância de pesquisas que objetivem potencializar o emprego de fitoterápicos. Neste sentido, estudos têm demonstrado que a...
Main Author: | MAIA NETO, Luiz da Silva |
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Other Authors: | AMARAL, Ademir de Jesus |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32333 |
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Summary: |
O emprego da fitoterapia tem crescido nos serviços públicos de saúde no Brasil. Desta forma, considerando a biodiversidade brasileira como fonte de medicamentos, é evidente a importância de pesquisas que objetivem potencializar o emprego de fitoterápicos. Neste sentido, estudos têm demonstrado que a irradiação de materiais de origem vegetal pode desencadear mudanças físico-químicas peculiares em diferentes espécies e partes de plantas, resultando em aumento dos teores de flavonas, fenóis totais e taninos e, consequentemente, sugerindo as aplicações das radiações ionizantes na obtenção de matéria prima para indústria farmacêutica. Neste contexto, esta pesquisa buscou avaliar a influência do processo de irradiação do extrato de folhas de Libidibia ferrea (popularmente: Pau ferro) na transformação de metabólitos secundários, incluindo sua atividade tóxica, após exposição a uma fonte de Co-60. Para tanto, as folhas foram coletadas e preparadas para obtenção de extrato que, em seguida, foi aliquotado e, separadamente, exposto a diferentes doses de radiação gama, a saber: 5, 7, 10, 12, 15, 20, 25 e 30 kGy. Nesta pesquisa, utilizou-se como controle uma alíquota de extrato não irradiado. Na caracterização do perfil fitoquímico do extrato bruto e irradiado, foram utilizadas as técnicas de CCD, UPLC-MS e GC-MS. Para cada amostra irradiada, a toxicidade foi avaliada em ensaios contendo o microcrustáceo Artemia salina Leach, considerando diferentes concentrações de extrato irradiado e não irradiado, a saber: 12,5; 25; 50 e 100 μg.mL-1. Esses ensaios foram feitos em três momentos: logo após a irradiação do extrato, bem como 60 e 180 dias depois. Os resultados mostraram um aumento dos níveis de toxicidade do extrato com a dose de radiação, não se alterando com o tempo de estocagem, indicando uma boa estabilidade do material irradiado em relação ao tempo de prateleira. Os ensaios fitoquímicos evidenciaram a presença de moléculas pertencentes as mais diversas classes, como, fenóis totais, triterpenos, entre outras, nos ensaios quantitativos, a radiação foi capaz de quebrar as macromoléculas em moléculas menores. Os resultados desta pesquisa evidenciam a importância da radiação ionizante no processo de potencialização das propriedades tóxicas de extratos de plantas, motivando futuras investigações em torno da ação do extrato irradiado de Libidibia ferrea em células cancerígenas. |
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