Efeito da estimulação elétrica de baixa frequência na alimentação e sanidade do Siluriforme Neotropical Surubim
O surubim é um peixe de grande importância no mercado nacional e seu cultivo enfrenta problemas com relação a alimentação, principalmente em fases iniciais do desenvolvimento. O comportamento alimentar pode variar de uma espécie para outra no aspecto quantitativo e qualitativo e devido à rejeição do...
Main Author: | SILVA, Luciano Clemente da |
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Other Authors: | BEZERRA, Ranilson de Souza |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32420 |
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Summary: |
O surubim é um peixe de grande importância no mercado nacional e seu cultivo enfrenta problemas com relação a alimentação, principalmente em fases iniciais do desenvolvimento. O comportamento alimentar pode variar de uma espécie para outra no aspecto quantitativo e qualitativo e devido à rejeição do alimento inerte ocorre grande mortalidade e consequentemente aumento no custo de produção. Como solução, a estimulação elétrica se mostra bastante eficaz no aumento da ingestão alimentar pela espécie. Neste trabalho, o objetivo foi avaliar os efeitos da estimulação elétrica no treinamento alimentar de alevinos do surubim, avaliar o estado de sanidade de animais juvenis expostos à eletroestimulação e elencar por meios de uma revisão da literatura os principais peptídeos envolvidos nos mecanismos de regulação do comportamento alimentar em peixes. Foram utilizados 80 juvenis de Pseudoplatystoma sp. com 16,2 ± 4,42 g de peso e 13,1 ± 1,20 cm de comprimento total, divididos em dois grupos, estimulado com campo elétrico de baixa intensidade (2,5 mV/cm) e frequência (30 Hz) e controle, com quatro réplicas cada cultivados durante 120 dias. Foram realizadas coletas de dados biométricos e de materiais biológicos para as análises hematológicas e bioquímicas. Uma vez por mês dois indivíduos de cada réplica foram sacrificados, e eram retirados uma alíquota de sague e o fígado, este último foi utilizado para as análises de estresse oxidativo. O experimento em campo realizado na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF) Alagoas. Onde foram treinados para o consumo de ração 600 alevinos de Pseudoplatystoma curruscans com média geral de 314.17 ± 14.06 mm e 0.353 ± 0.015 g de comprimento total e peso, respectivamente e cultivados por 30 dias. Os animais foram divididos em dois grupos em triplicata: um estimulado com as características de campo elétrico já citadas e um grupo controle. O treinamento alimentar foi realizado com ração comercial para peixes carnívoros NANOLIS 45% de proteína bruta (PB) extrusada, com pellets de 1,8 a 2,0 mm e coração bovino triturado. Os resultados comprovaram que a eletroestimulação é uma técnica eficiente na melhoria do desempenho produtivo, principalmente com juvenis, cujos animais estimulados apresentaram diferença significativa no ganho de peso, 30% maior, e no consumo de ração, quando comparado com o controle (p< 0,05) (ANOVA-Tukey), porém provavelmente devido ao tempo de cultivo os alevinos não apresentaram diferença entre os grupos controle e estimulado com relação aos parâmetros zootécnicos. Ficando evidente apenas a eficiência da eletroestimulação como modulador do comportamento nesta fase do desenvolvimento. Esta técnica também se mostrou segura pois não foi identificada diferença entre os grupos experimentais, tanto nos parâmetros hematológicos quanto nos relacionados com o estresse oxidativo. Com isso podemos concluir que a eletroestimulação deve ser usada principalmente no período de engorda (juvenis) reduzindo a rejeição ao alimento inerte e melhorar o rendimento desta espécie. No entanto, estudos com períodos de cultivo mais longo dos alevinos são necessários para uma resposta mais conclusiva sobre os efeitos da eletroestimulação nesta fase do desenvolvimento do surubim. |
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