Excesso de peso e fatores associados: estudo em adultos do agreste pernambucano

A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 74% das causas de mortes na população adulta do Brasil são devidas as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTS), sendo o excesso de peso um dos principais fatores de risco. A verificação do perfil nutricional é essencial para detecção de ris...

Full description

Main Author: SANTOS, Paula Thianara de Freitas
Other Authors: COSTA, Emília Chagas
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32441
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Summary: A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que cerca de 74% das causas de mortes na população adulta do Brasil são devidas as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTS), sendo o excesso de peso um dos principais fatores de risco. A verificação do perfil nutricional é essencial para detecção de riscos nutricionais e para organização de uma assistência mais apropriada por parte dos serviços de saúde, evitando-se assim, o comprometimento da condição de saúde de indivíduos e de populações. Nesse sentido, o objetivo da pesquisa foi verificar a prevalência de excesso de peso e os fatores associados em adultos da região agreste de Pernambuco. Foi realizado um estudo transversal de base populacional, de caráter analítico e abordagem quantitativa, substrato da IV Pesquisa Estadual de Saúde e Nutrição (PESN) em 2015, envolvendo 345 adultos na faixa etária de 20-59 anos. A coleta de dados foi realizada a partir de medidas antropométricas de peso e estatura, segundo à OMS, além da aplicação de um questionário englobando perguntas referentes a variáveis demográficas, socioeconômicas, comportamentais e de presença de DCNTS. O excesso de peso foi determinado pelo índice de massa corporal ≥25kg/m². As etapas da análise dos dados incluíram descrição da amostra; análise bivariada (através do teste de quiquadrado) entre a variável dependente (excesso de peso) e as variáveis independentes; além de análise multivariada, pelo método de regressão logística, todos com seus respectivos intervalos de 95% de confiança (IC95%). A avaliação do estado nutricional conforme o IMC, identificou que estavam em obesidade, sobrepeso, eutrofia e baixo peso, respectivamente, 21,4%, 33,0%, 42,6%, 2,9%, da amostra, sendo que a prevalência de excesso de peso foi de 54,4%. No modelo final da análise, após ajustes, foi visto que, tiveram maiores chances de apresentar excesso de peso, os adultos do sexo feminino (RC = 2,36; IC95%: 1,177-4,758; p=0,016), de idade entre 30 e 39 anos (RC = 2,12; IC95%: 1,016 – 4,435; p=0,045), e aqueles que possuíam hipertensão arterial sistêmica (RC = 3,18; IC95%: 1,337-7,587; p=0,009). Mais da metade da população de adultos da região agreste de Pernambuco (54,4%) apresentou excesso de peso. Além disso, os fatores sexo, idade e hipertensão associaram-se a esse perfil, conferindo característica multifatorial na etiologia desse problema.