Perfil genotípico do HIV-1 na primeira falha virológica à terapia antirretroviral em pacientes atendidos na região metropolitana do Recife entre 2006 e 2016
Com o surgimento dos antirretrovirais (ARVs), ocorreu uma significativa diminuicao na morbidade, mortalidade e risco de transmissao. Mais da metade das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) estao em tratamento. No entanto, a relevancia desse dado na saúde global tem sido ameacada pelo aumento da prevalenc...
Main Author: | OLIVEIRA, Marta Iglis de |
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Other Authors: | ARAÚJO, Paulo Sérgio Ramos de |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32715 |
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Summary: |
Com o surgimento dos antirretrovirais (ARVs), ocorreu uma significativa diminuicao na morbidade, mortalidade e risco de transmissao. Mais da metade das pessoas vivendo com HIV (PVHIV) estao em tratamento. No entanto, a relevancia desse dado na saúde global tem sido ameacada pelo aumento da prevalencia de mutacoes associada a resistencia (MAR). Considerando a diversidade genetica e a necessidade de monitorar o movimento do virus nas diferentes regioes do mundo, foi realizado este estudo para atualizar dados do perfil genotipico do HIV-1 em pacientes na primeira falha virologica (FV) e a resposta ao esquema de resgate apos 48 semanas da troca na cidade do Recife, Pernambuco. Trata-se de um estudo de corte transversal, retrospectivo analitico, elaborado por meio da coleta de dados em prontuarios e em exames de genotipagem realizada entre 2006 e 2016. A amostra foi constituida por dados de pessoas vivendo com HIV (PVHIV) de tres grandes centros de referencia. Apos a avaliacao de 534 prontuarios, foram incluidos 184 pacientes na analise dos dados. No tempo da coleta do teste de genotipagem, os esquemas mais frequentes foram baseados em Zidovudina/Lamivudina (68,5%) e em Efavirenz (87,1%). O subtipo viral B foi o mais comum (81,3%), bem como MAR M184V/I (85,3%) e mutacoes no códon K103 (65,8%). Apos 48 semanas da troca para esquema resgate, alcancaram carga viral indetectavel 67,3%. O numero de MAR a inibidores da transcriptase reversa analogos de nucleos(t)ideos (ITRN(t)) nao impactou na supressao virologica (9,3% para zero MAR ITRN(t) vs 48,6% para 1<3 MAR ITRN(t) vs 42,1% para 3 MAR ITRN(t) p=0,179). Apos analise multivariada, constatou-se que estar com mais de 36 meses em ARV foi fator protetor para carga viral detectavel (RP=0,6, IC 95%=0,39 – 0,92, p= 0,02) e fator de risco para desenvolver ≥3 MAR ITRN(t) (RP=2,43, IC95% 1,38-4,28, p=0,002). A extensa resistencia aos ITRN(t)s na primeira FV, nao impactou na supressao virologica apos 48 semanas da troca para esquema resgate baseado em ITRN(t)s com inibidores de protease. |
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