Efeitos da cirurgia bariátrica no escore de cálcio
A obesidade é uma doença metabólica crônica que influencia indiretamente o risco coronariano através do seu efeito sobre comorbidades relacionadas, como dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, disfunção endotelial e inflamação subclínica crônica. A cirurgia bariátrica é uma das...
Main Author: | LINS, Daniel da Costa |
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Other Authors: | FERRAZ, Álvaro Antônio Bandeira |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32726 |
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Summary: |
A obesidade é uma doença metabólica crônica que influencia indiretamente o risco coronariano através do seu efeito sobre comorbidades relacionadas, como dislipidemia, hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, disfunção endotelial e inflamação subclínica crônica. A cirurgia bariátrica é uma das formas de tratamento mais eficaz na perda de peso, mostrando ser benéfica na redução dos fatores de risco cardiovascular e na prevenção de eventos cardiovasculares. O escore de cálcio (EC) de artérias coronárias é um importante preditor de doença coronariana além dos fatores de risco tradicionais, entretanto o seu comportamento nessa população específica ainda carece de investigações. Esse estudo teve como objetivo comparar as alterações do escore de cálcio das artérias coronárias obtido através de tomografia computadorizada sem contraste em pacientes no pré-operatório comparado ao pós-operatório tardio de cirurgia bariátrica e estabelecer fatores preditores de risco para progressão ou não progressão do escore de cálcio no pós-operatório. Pacientes com escore de cálcio positivo sem doença arterial coronária preexistente no pré-operatório de cirurgia bariátrica foram reavaliados no pós-operatório no período de 2013 a 2017. Estes realizaram o exame de escore de cálcio de artérias coronárias por tomografia computadorizada de tórax sem contraste. Fatores de risco convencionais para doenças cardiovasculares foram medidos ou avaliados por questionário antes da cirurgia e no pós-operatório. Foram utilizadas duas técnicas cirúrgicas a derivação gástrica em Y de Roux (DGYR) e a Gastrectomia Vertical (GV). Foram avaliados 18 pacientes dos 29 com escore de cálcio positivo no pós-operatório do total de 202 indivíduos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão e concederam autorização para participarem da pesquisa. Como resultados, na avaliação dos pacientes em relação ao Escore de Framingham para Doença Cardiovascular de 10 anos houve uma diferença significativa quando comparado antes e após a cirurgia (6% a 3%, p <0,001). Quando comparado o escore de cálcio de acordo com o Grau de calcificação coronariana (ausente, leve, moderado e grave) não foi verificada diferença significativa entre as avaliações (p = 0,414). Na avaliação dos resultados comparativos entre os pacientes que tiveram progressão comparado com os que não apresentaram progressão no CAC a idade foi a única variável com diferença significativa (58,46 versus 47,20, p = 0,034) entre os dois subgrupos estudados. Conclui-se que a cirurgia bariátrica reduziu o risco cardiovascular no pós-operatório. O Grau de Calcificação Coronariana (ausente, leve, moderado e severo) não demonstrou alteração no pós-operatório quando comparado ao pré-operatório. Dos fatores preditores avaliados relacionados à progressão no escore de cálcio no pós-operatório, apenas a idade avançada mostrou associação estatística. |
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