Avaliação da atividade leishmanicida in vitro de riparinas I, II e III sobre as formas promastigotas de Leishmnia (L.) amazonensis
Leishmaniose tegumentar americana é uma doença negligenciada que atinge mais de 1 milhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a espécie do parasita de maior notoriedade, devido a distribuição e severidade clínica, é a Leishmania (L.) amazonensis. Embora tenha sido...
Main Author: | SILVA, Phillipe Linneker da |
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Other Authors: | SILVA, Eliete Cavalcanti da |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32752 |
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Summary: |
Leishmaniose tegumentar americana é uma doença negligenciada que atinge mais de 1 milhão de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde. No Brasil, a espécie do parasita de maior notoriedade, devido a distribuição e severidade clínica, é a Leishmania (L.) amazonensis. Embora tenha sido descoberta em meados da década de 70, a tratamento da doença ainda continua ineficaz, causando diversos efeitos colaterais nos pacientes em tratamento e, consequentemente, abandono da terapia, contribuindo para o surgimento de parasitas resistentes. Portanto, é importante a busca de métodos terapêuticos menos tóxicos e mais eficientes, como por exemplo os fitoterápicos. Aniba riparia, possui um metabólito secundário que foi isolado e identificado como riparina, um alcalóide alcamida. Os alcaloides pertencem a um grupo de metabólitos secundários com atividade leishmanicida comprovada. Portanto, neste trabalho foram avaliadas as riparinas I, II e III, quanto a capacidade de inibir in vitro o crescimento da Leishmania amazonensis. A determinação da viabilidade parasitaria após tratamento com as riparinas foi determinada pelo emprego do MTT. As riparinas I, II e III testadas contra o parasita apresentaram uma IC50 de 6,65 μg/mL, 3,60 μg/mL e 6,57μg/mL, respectivamente. A riparina II destacou-se entre as três riparinas testadas, apresentou melhor atividade leishmanicida, portanto, foi escolhida para os demais testes. No ensaio de MTT com célula Vero, a riparina II apresentou uma IC50 de 14,54 μg/ml contra as células Vero, significando baixa citotoxicidade para a célula testada. As análises das imagens obtidas através de microscopia eletrônica de varredura (MEV) das L. amazonensis cultivadas com riparina II na concentração 3,60 μg/mL apresentaram alterações na morfologia dos parasitas, o mesmo resultado foi obtido na microscópia óptica. Foram observados encurtamento do flagelo, arredondamento do corpo do parasita e bolhas na superfície da membrana plasmática. Essas alterações também foram observados com os parasitas cultivados na concentrações de 200μg/mL em microsópia óptica. A avaliação do perfil proteico dos parasitas cultivadas com riparina II, na concentração de 200μg/mL, demonstrou a presença de duas bandas, localizadas imediatamente abaixo dos pesos moleculares de 96KDa e 66KDa, porém, não sendo encontrada na concentração de 3,60 μg/mL . Conclui-se que a riparina II é um alcalóide com potencial ação farmacológica para estudos "in vivo" como um fármaco promissor contra a leishmaniose tegumentar. |
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