Marcadores moleculares e sua relevância nas manifestações clínicas de pacientes com anemia falciforme
Embora seja considerada como a doença monogênica mais comum no mundo a anemia falciforme (AF) é multifatorial. Alterações genéticas adicionais (deleção do gene alfa, haplotipo beta-S, dentre outros), fatores socioeconômicos, ambientais e idade podem contribuir significativamente para essa diversidad...
Main Author: | FALCÃO, Diego Arruda |
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Other Authors: | BEZERRA, Marcos André Cavalcanti |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32837 |
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Summary: |
Embora seja considerada como a doença monogênica mais comum no mundo a anemia falciforme (AF) é multifatorial. Alterações genéticas adicionais (deleção do gene alfa, haplotipo beta-S, dentre outros), fatores socioeconômicos, ambientais e idade podem contribuir significativamente para essa diversidade clinica. Dentre as principais complicações clínicas observadas em paciente com AF, merece destaque (por sua morbimortalidade) o acidente vascular cerebral (AVC, na infância) e úlceras de membros inferiores (UM, na fase adulta). O presente estudo tem como objetivo investigar polimorfismos em genes associados com vias de inflamação (IL6) e reparo tecidulal (TGFβR2, TGFβR3, SMAD7, SMURF1) relacionados com o desenvolvimento de AVC e UM, respectivamente. No total, 591 (275 adultos; 316 crianças) pacientes atendidos na Fundação HEMOPE foram estudados. Para coorte infantil (pacientes com <18 anos), o polimorfismo IL6 G174C está associado com AVC (P<0,001), enquanto que polimorfismos TGFBR3 rs2038931 (P=0,025), SMAD7 rs736839 (P<0,001) e SMURF1 rs219825 (P = 0,041) foram considerados fatores de risco para o desenvolvimento de UM. Corroborando com esses achados, pacientes adultos com UM e genótipo de risco para o polimorfismo TGFβR3 rs2038931 apresentam níveis significativamente mais elevados do ligante TGFβ1 (P=0,041), sugerindo um mecanismo compensatório para a ativação da via. Nossos achados reforçam a ideia de que marcadores moleculares exercem um importante papel na fisiopatologia da AF. |
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