Lipodistrofia em pessoas vivendo com HIV / AIDS : fisiopatologia e tratamento

A terapia antirretroviral modificou a aids de uma doença letal para crônica. Contudo, efeitos adversos surgiram, entre eles, a síndrome da lipodistrofia, caracterizada pela má distribuição da gordura corporal e alterações metabólicas. A lipodistrofia pode ser classificada em lipodistrofia adquirida...

Full description

Main Author: SANTOS, Wlaldemir Roberto dos
Other Authors: BALBINO, Valdir de Queiroz
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32954
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Summary: A terapia antirretroviral modificou a aids de uma doença letal para crônica. Contudo, efeitos adversos surgiram, entre eles, a síndrome da lipodistrofia, caracterizada pela má distribuição da gordura corporal e alterações metabólicas. A lipodistrofia pode ser classificada em lipodistrofia adquirida e genética. No mais, receptores relacionados com a inflamação que podem estar associados à lipodistrofia, entre estes destaca-se o gene CCR5. Não existe tratamento para a lipodistrofia, porém, a literatura descreve que o exercício físico ajudar no seu controle. Deste modo, avaliar genes associados a lipodistrofia genética em pessoas vivendo com HIV/aids, visa contribuir para diagnóstico prévio e, com isso, poder contribuir para indicativo de intervenção com o exercício físico para melhor enfrentamento/controle da lipodistrofia e, consequentemente, maior longevidade e qualidade de vida. O estudo teve como objetivo verificar possíveis associações entre polimorfismos genéticos na susceptibilidade da lipodistrofia e o impacto do exercício físico como tratamento não medicamentoso. Com os resultados observamos que a prevalência da lipodistrofia foi de 59,70%, sendo 37,80% lipoatrofia, 30,40% lipohipertrofia e 31,80% lipodistrofia mista. A maior incidência da lipodistrofia ocorre em homens (64,90%), tendo um destaque em indivíduos sedentários (64,00%). Não foi encontrado associação significativa entre a o CCR5Δ32. Contudo, nos indivíduos homozigotos selvagens o sexo masculino foi mais susceptível ao desenvolvimento da lipodistrofia (OR 1.78 (1.04 – 3.04), p= 0.0350). Referente ao tratamento, indivíduos com lipodistrofia, quando submetidos há 12 semanas de treinamento de força, tiveram aumento dos linfócitos T CD4 %, redução da glicemia, colesterol total, triglicerídeos e aumento da fração HDL-colesterol. No mais, o treinamento aumentou de maneira significante a densidade óssea em todas regiões mensuradas; coluna lombar (3,28%; p = 0,012), cabeça do fêmur (8,45%; p = 0,044) e 1/3 distal do rádio (5,41%; p = 0,035). Desta maneira, os resultados obtidos sugerem o treinamento de força, pode ser utilizado para o controle da lipodistrofia, principalmente em homens, que apresentam maior incidência e parecem ser mais susceptíveis.