Fenomenologia, saúde mental e atenção básica no Brasil : sobre a experiência da pessoa com transtorno psíquico no mundo da vida
Nos últimos anos, agências governamentais de saúde no Brasil e no mundo têm mostrado preocupação com o aumento no número de pessoas acometidas por transtornos psíquicos, repercutindo, inclusive, nas taxas de morbidade advindas daqueles diagnosticados por tais casos. A despeito das possíveis subno...
Main Author: | ARAÚJO, Bruno Mesquita Soares de |
---|---|
Other Authors: | PETERS, Gabriel Moura |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
|
Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33090 |
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ir-123456789-330902019-09-18T05:07:42Z Fenomenologia, saúde mental e atenção básica no Brasil : sobre a experiência da pessoa com transtorno psíquico no mundo da vida Fenomenologia, saúde mental e atenção básica no Brasil : sobre a experiência do transtorno psíquico no mundo da vida ARAÚJO, Bruno Mesquita Soares de PETERS, Gabriel Moura http://lattes.cnpq.br/9212207155679532 http://lattes.cnpq.br/1309727421275736 Sociologia Fenomenologia Saúde mental Cuidados primários de saúde Nos últimos anos, agências governamentais de saúde no Brasil e no mundo têm mostrado preocupação com o aumento no número de pessoas acometidas por transtornos psíquicos, repercutindo, inclusive, nas taxas de morbidade advindas daqueles diagnosticados por tais casos. A despeito das possíveis subnotificações ou superestimativas dos dados destas pesquisas, as quais, em muitos casos, acabam por favorecer a indústria farmacêutica, o impacto na vida das pessoas que padecem de algum problema psíquico é um fator que tem repercussões tanto na esfera da vida privada, que o é, de fato, quanto, principalmente, na esfera da vida pública ou “prática”. Em vista disso, são desenvolvidas estratégias de assistência humanizadas e com foco na reintegração destes indivíduos à vida social. No caso brasileiro, os acontecimentos subsequentes às reformas sanitária e psiquiátrica nos legaram um arranjo reticular, de cunho terapêutico-assistencial, cujos cuidados prestados por estas agências, como os CAPS e as UBS, tem como lócus de atuação o contexto habitual dos indivíduos, dando a devida importância a (re)constituição dos seus laços sociais, tão importantes para a mobilização de recursos de ordem afetiva ou material. Desta maneira, o presente trabalho objetivou analisar as consequências da criação da assistência à saúde mental no Brasil para a experiência cotidiana das pessoas com transtorno psíquico, tomando como base a fenomenologia social de Alfred Schutz. O resultado foi a divisão do trabalho em três partes: a) na primeira, tento demonstrar a importância da sociologia fenomenológica de Schutz para a compreensão do transtorno em sua experiência habitual; b) na segunda, apoiado neste primeiro estudo, tento demonstrar como a atenção básica dentro da rede de atenção à saúde mental constitui, atualmente no Brasil, um potencial agente socializador da vida cotidiana, pontuando o conjunto de qualidades e fragilidades desta, perante o cuidado da pessoa com transtorno no mundo da vida; c) na terceira e última parte, como consequência de uma assistência ancorada no mundo da vida, tentamos apontar possíveis caminhos que auxiliem, em alguma medida, o profissional de saúde atravessado pela diversidade das experiências do ser no mundo da vida cotidiana, bem como no cotidiano de suas práticas. FACEPE In the last few years government healthcare agencies in Brazil and worldwide have been showing concern with the recent growth in the number of people affected by mental disorders including a rise in mortality rates within those diagnosed with such cases. In spite of the possible under-reporting or widening of collected data from these studies, for which even directly favors the pharmaceutical industry, the impact of such disorders in the people’s direct lives that happen to suffer from mental disorders is a fact that has repercussions both in the sphere of private life and largely in the sphere of public or “practical” life. Thus, we have humanized assistance strategies focused on reintegration of such individuals to social life. In Brazil’s case, subsequent events after the sanitary and psychiatric reforms of the mid-1980s have imparted a reticular therapeutic-care type arrangement, whose care measures by its agencies (CAPS or UBS) rely on the context of individuals as a locus of action, thereby giving its due importance to the (re)constitution of their social bonds as it has such importance to the mobilization of affective and material resources. This research is aimed to analyze the consequences of such care strategies from the creation of mental healthcare assistance in Brazil towards the daily experiences of individuals’ affected by mental disorders, based on the social phenomenology of Alfred Schutz. The results of this research were divided into three parts: a) Firstly, I intend to demonstrate the importance of Schutz’ Social Phenomenology in the comprehension of the disorder in its own habitual experience; b) Second, in this first study I intend to demonstrate how basic assistance within the mental health assistance network actually integrates presently in Brazil as a potential daily life socializing agent, observing closely the specific qualities and fragilities towards care of an individual affected by mental disorder in the world of life; c) Lastly, as a consequence of an assistance anchored in the world of life, we intend to point out possible means that may assist, to some extent, the healthcare professional crossed by the diversity of experiences of being in the world of daily life, as well as in the quotidian of practices. 2019-09-17T20:32:37Z 2019-09-17T20:32:37Z 2018-09-12 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33090 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
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REPOSITORIO UFPE |
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Sociologia Fenomenologia Saúde mental Cuidados primários de saúde |
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Nos últimos anos, agências governamentais de saúde no Brasil e no mundo têm
mostrado preocupação com o aumento no número de pessoas acometidas por transtornos
psíquicos, repercutindo, inclusive, nas taxas de morbidade advindas daqueles diagnosticados
por tais casos. A despeito das possíveis subnotificações ou superestimativas dos dados destas pesquisas, as quais, em muitos casos, acabam por favorecer a indústria farmacêutica, o
impacto na vida das pessoas que padecem de algum problema psíquico é um fator que tem repercussões tanto na esfera da vida privada, que o é, de fato, quanto, principalmente, na
esfera da vida pública ou “prática”. Em vista disso, são desenvolvidas estratégias de
assistência humanizadas e com foco na reintegração destes indivíduos à vida social. No caso
brasileiro, os acontecimentos subsequentes às reformas sanitária e psiquiátrica nos legaram
um arranjo reticular, de cunho terapêutico-assistencial, cujos cuidados prestados por estas agências, como os CAPS e as UBS, tem como lócus de atuação o contexto habitual dos
indivíduos, dando a devida importância a (re)constituição dos seus laços sociais, tão
importantes para a mobilização de recursos de ordem afetiva ou material. Desta maneira, o
presente trabalho objetivou analisar as consequências da criação da assistência à saúde mental
no Brasil para a experiência cotidiana das pessoas com transtorno psíquico, tomando como
base a fenomenologia social de Alfred Schutz. O resultado foi a divisão do trabalho em três
partes: a) na primeira, tento demonstrar a importância da sociologia fenomenológica de
Schutz para a compreensão do transtorno em sua experiência habitual; b) na segunda, apoiado
neste primeiro estudo, tento demonstrar como a atenção básica dentro da rede de atenção à
saúde mental constitui, atualmente no Brasil, um potencial agente socializador da vida cotidiana, pontuando o conjunto de qualidades e fragilidades desta, perante o cuidado da
pessoa com transtorno no mundo da vida; c) na terceira e última parte, como consequência de uma assistência ancorada no mundo da vida, tentamos apontar possíveis caminhos que
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