Disbiose intestinal e estado nutricional: um estudo com discentes de nutrição de um centro universitário no interior de Pernambuco

A composição da microbiota intestinal (MI) parece estar relacionada a fatores ambientais como o controle do peso corporal, por exercer importante função no metabolismo dos nutrientes, favorecendo o surgimento de patologias, como a disbiose. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a relação...

Full description

Main Author: RAMOS, Aline Cordeiro
Other Authors: LIMA, Cybelle Rolim de
Format: bachelorThesis
Language: por
Published: 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33609
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Summary: A composição da microbiota intestinal (MI) parece estar relacionada a fatores ambientais como o controle do peso corporal, por exercer importante função no metabolismo dos nutrientes, favorecendo o surgimento de patologias, como a disbiose. O presente trabalho tem como objetivo avaliar a relação entre a disbiose intestinal e o estado nutricional em estudantes de Nutrição de um centro universitário no interior de Pernambuco. Trata-se de um estudo transversal com abordagem quantitativa aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de Pernambuco - CAEE nº: 86166218.3.0000.5208; envolvendo 33 estudantes regularmente matriculados no curso de Nutrição, do Centro Acadêmico de Vitória da Universidade Federal de Pernambuco. Foram coletadas informações demográficas (idade e sexo); classe socioeconômica; dados referentes à avaliação antropométrica: peso, estatura para a estimativa do IMC e circunferência da cintura (CC) e dados referentes aos sinais e sintomas de disbiose. Para tanto, foram utilizados os instrumentos: questionário de Critério de Classificação Econômica do Brasil, da Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa e questionário de Rastreamento Metabólico (QRM). Foi verificada uma maior frequência de estudantes do sexo feminino 81,8% (n=27); 75,7% (n=25) dos estudantes cursavam entre o 5º e 8º períodos e a maioria pertencia à classe social baixa (57,6% / n=19). Quanto à prevalência dos sinais e sintomas de disbiose, podese constatar que 81,2% (n=27) dos universitários obtiveram pontuação <10, e 18,2% (n=6) obtiveram pontuação ≥10 na seção do trato gastrointestinal do QRM, o que caracteriza a maior parte dos estudantes com ausência do quadro disbiótico. Os sintomas constipação/prisão de ventre e arrotos e/ou gases intestinais estiveram presente com maior frequência. Com relação ao estado nutricional dos estudantes a maioria (60,6¨% / n= 20) dos estudantes eram eutróficos, embora tenha sido constatado que 24,2% (n=8) apresentava excesso de peso. Foi também verificada diferença estatisticamente significante para as medidas de circunferência entre os estudantes com e sem disbiose, tendo esses últimos apresentado menores valores de circunferência (P = 0,002). Os estudantes em sua maioria não apresentaram disbiose, no entanto, foi registrada uma presença importante dos sintomas relacionados ao trato digestivo, sendo as queixas mais comuns a constipação intestinal/prisão de ventre e arrotos e/ou gases intestinais. Não foi verificada associação entre disbiose e estado nutricional, segundo o IMC. Destaca-se a importância da continuidade de estudos no intuito de esclarecer a associação sinalizada no presente estudo, no que diz respeito a presença de disbiose e menores valores de circunferência.