Avaliação da influência da via da piroptose na falha imunológica em indivíduos vivendo com o HIV-1 em terapia antirretroviral

A falha imunológica em pacientes portadores do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) decorre da não recuperação de células T CD4+, mesmo nos indivíduos que apresentam carga viral baixa. A morte celular exacerbada apresenta-se como um dos principais mecanismos de falha, sendo a piroptose a princi...

Full description

Main Author: SANTOS, José Leandro de Andrade
Other Authors: GUIMARÃES, Rafael Lima
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33623
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Summary: A falha imunológica em pacientes portadores do Vírus da Imunodeficiência Adquirida (HIV) decorre da não recuperação de células T CD4+, mesmo nos indivíduos que apresentam carga viral baixa. A morte celular exacerbada apresenta-se como um dos principais mecanismos de falha, sendo a piroptose a principal via de morte observada no processo de infecção pelo HIV-1. O objetivo do estudo foi avaliar a influência da morte celular por piroptose na falha imunológica de indivíduos HIV-1 positivos submetidos à terapia antirretroviral. Foram recrutados 248 pacientes. Variantes em cinco genes da via da piroptose foram avaliadas por genotipagem utilizando sondas Taqman. Variáveis clínicas, epidemiológicas e laboratoriais dos indivíduos foram consideradas para associação. A imunofenotipagem das células foi avaliada por citometria de fluxo. Os resultados demonstraram que os polimorfismos rs10754558 (NLRP3), rs2043211 (CARD8), rs1143634 (IL1B) e rs6940 no gene IFI16 não demonstraram associação com a falha imunológica. O polimorfismo rs187238 (IL18) demonstrou associação do alelo C (p<0,001) e do genótipo CC (p= 0,009) com proteção ao desenvolvimento de falha imune na população analisada. A contagem de células T CD4+<350 céls/μL apresentou-se associada com o risco de falha imune (p<0,001). A análise imunofenotípica não apresentou associação estatística da piroptose entre os grupos, tanto das células T CD4+ gerais quanto das células T CD4+ recém emigradas do timo. Porém, observou-se que o grupo caso possui um maior nível de morte por piroptose que nos indivíduos controles. Estes resultados podem contribuir para um melhor entendimento dos mecanismos que podem levar à falha imunológica, servindo de auxílio para pesquisas futuras.