Mãos mágicas: a prática do partejar a partir da experiência de parteiras tradicionais de Santana – AP
Essa dissertação trata sobre Parteiras Tradicionais do Município de Santana, no Estado do Amapá. O objetivo é descrever como ocorre o processo de aprendizagem das técnicas do partejar utilizadas nos atendimentos prestados por parteiras tradicionais de Santana às mulheres gestantes e ainda responder...
Main Author: | NASCIMENTO, Raysa Martins do |
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Other Authors: | QUADROS, Marion Teodósio de |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/33628 |
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Summary: |
Essa dissertação trata sobre Parteiras Tradicionais do Município de Santana, no Estado do Amapá. O objetivo é descrever como ocorre o processo de aprendizagem das técnicas do partejar utilizadas nos atendimentos prestados por parteiras tradicionais de Santana às mulheres gestantes e ainda responder se as parteiras de Santana atribuem as práticas do partejar que utilizam, caráter ou atributos de gênero. A pesquisa ocorreu no período de 2016 a 2018, sendo que a primeira fase tratou do levantamento bibliográfico acerca da temática e das teorias antropológicas que serviram de base para o estudo e a etapa subsequente consistiu no trabalho de campo de caráter etnográfico. Por meio da observação participante acompanhei os encontros que ocorriam duas vezes na semana, chegando antes do horário de iniciar e saindo após o término, para ter tempo de conversar informalmente com o número máximo de parteiras. Posteriormente, já em suas casas, acompanhei seus atendimentos e, aguçando os sentidos enquanto antropóloga, dediquei atenção às falas e comportamentos das minhas interlocutoras, observando atentamente seu cotidiano e tomando nota sobre suas memórias e técnicas do partejar. Demonstro que esse processo de compreensão, assimilação e desenvolvimento dos conhecimentos tradicionais do partejar podem ser pensados por meio da educação da atenção proposta por Ingold. Constata-se através da percepção que as parteiras possuem sobre o trabalho e homens que atuam como parteiros, que as práticas do partejar não são consideradas por elas como específicas de um gênero, a sociabilidade amazônica possibilita uma habilidade técnica comum entre homens e mulheres de atuarem no partejar, no entanto, a socialização, a divisão sexual do trabalho e o cuidado dado como feminino, contribuem para que o número de parteiras mulheres na profissão seja mais expressivo. |
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