Uma memória oficial em construção: do tombamento ao monumento nas ladeiras de Olinda (1966-1980)

A presente dissertação parte da ideia de que existe uma memória cultural urbana que é construída e portada através de meios e lugares de memória. Ao perscrutar o processo de tombamento do conjunto urbanístico, paisagístico e arquitetônico de Olinda, revelou-se algumas entrelinhas dessa memória cultu...

Full description

Main Author: GOMES, Camilla
Other Authors: CABRAL, Renata Campello
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34026
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Summary: A presente dissertação parte da ideia de que existe uma memória cultural urbana que é construída e portada através de meios e lugares de memória. Ao perscrutar o processo de tombamento do conjunto urbanístico, paisagístico e arquitetônico de Olinda, revelou-se algumas entrelinhas dessa memória cultural em seu extrato oficial. Essa construção da memória oficial está relacionada com o contexto político e com a construção da identidade que se pretendia para o Brasil na época. Dentro da periodização proposta (1966-1980), a dissertação revela a memória construída no discurso de seleção, reconhecimento e proteção do patrimônio cultural. Dessa forma, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional se coloca como sujeito construtor dessa memória oficial da cidade de Olinda, a qual viemos, então, revelar. Ao entender que a memória cultural urbana é tudo aquilo que nos chega como herança sócio cultural e baliza toda a nossa compreensão de mundo, devido às permanências que provoca, assim como os traços culturais que traz em si, é essa memória que nos dá referência de identidade, pertencimento e entendimento de mundo. A partir da memória que é introjetada na vivência sócio cultural, respondemos individual e coletivamente como portadores dessa memória. Isso implica em como nos entendemos enquanto sociedade. A partir disso, no recorte do Sítio Histórico deOlinda, vamos entender como parte da memória cultural urbana foi construída e nos é portada desde o período proposto para a análise. Revelar essa memória cultural urbana oficial é também revelar os processos de construção de nossa própria identidade.