Templos de Marte: referências eruditas nos fortes abaluartados de Pernambuco (século XVII)
O Renascimento trouxe intensas mudanças na cultura europeia e a Arquitetura foi um dos campos onde estas mudanças foram evidentes, tornando-se objeto privilegiado de estudo por diversos teóricos, inaugurando uma nova forma de reflexão e prática para a disciplina. No âmbito militar não foi diferente....
Main Author: | VALADARES, Pedro Henrique Cabral |
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Other Authors: | MOREIRA, Fernando Diniz |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34029 |
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Summary: |
O Renascimento trouxe intensas mudanças na cultura europeia e a Arquitetura foi um dos campos onde estas mudanças foram evidentes, tornando-se objeto privilegiado de estudo por diversos teóricos, inaugurando uma nova forma de reflexão e prática para a disciplina. No âmbito militar não foi diferente. O advento da pólvora na propulsão de projéteis impôs aos mestres fortificadores a necessidade de implementar novos elementos arquitetônicos às obras de defesa, pois as altas e verticais muralhas medievais ficaram vulneráveis diante dos avanços da balística. Além de exigir obras de defesa condizentes com as novas armas e as novas táticas, a complexidade da balística ocasionou a elaboração de tratados específicos sobre Arquitetura Militar, difundidos em grande quantidade durante o Renascimento até o século XIX, tendo o baluarte como protagonista. Tais tratados eram referenciais teóricos constantemente utilizados nos cursos de fortificação na Itália, na França, na Espanha, na Holanda e em Portugal, que recrutavam e capacitavam interessados por obras militares para projetar e construir fortificações. Em Pernambuco, a necessidade de fortificar o então porto de Olinda, entre os séculos XVI e XVII, fez com que fortificadores fossem enviados de Portugal para elaborar um plano de defesa que, em certa medida, foi negligenciado. Durante a ocupação Holandesa, ocorreu o mesmo processo de envio de profissionais à colônia, mas concretizaram um notável complexo defensivo nos moldes preconizados nos principais tratados de arquitetura militar. Portugueses e holandeses buscaram referências no método italiano de fortificar, mas cada nação implementou suas próprias adaptações conforme suas necessidades e seus critérios. Considerando as características arquitetônicas dos fortes construídos em Pernambuco com a presença dos baluartes, a presente pesquisa tem como objetivo demonstrar as referências teóricas contidas nos principais tratados renascentistas europeus de arquitetura militar na concepção e construção das fortificações abaluartadas remanescentes no litoral de Pernambuco no século XVII. |
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