Respostas antipredatórias posturais e vocais de macaco-prego (Sapajus libidinosus) em cativeiro

O risco de ser predado influencia fortemente no comportamento dos primatas. As estratégias usadas por esses animais para evitar a predação são bastante diversificadas. Os Sapajus libidinosus são primatas da família Cebidae, de médio porte e arborícolas. Não estão ameaçados de extinção, mas as consta...

Full description

Main Author: COUTINHO, Paula Djanira Fernandes
Other Authors: BEZERRA, Bruna Martins
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34153
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Summary: O risco de ser predado influencia fortemente no comportamento dos primatas. As estratégias usadas por esses animais para evitar a predação são bastante diversificadas. Os Sapajus libidinosus são primatas da família Cebidae, de médio porte e arborícolas. Não estão ameaçados de extinção, mas as constantes capturas para fins de domesticação ameaçam as populações e o bem estar desses primatas. Animais cativos se habituam a presença humana e sofrem de grande estresse quando em condições de cativeiro inadequadas. O sucesso dos programas de reabilitação vai depender não só da saúde física dos animais, mas também da capacidade destes de forragear, gerar descendentes férteis e evitar a predação. No presente estudo, um grupo de 17 S. libidinosus cativos foram submetidos a situações simuladas de confrontos com predadores, utilizando modelos de predadores, predador vivo e playbacks de vocalizações de alarme para avaliar a resposta dos animais. Em resposta aos experimentos de confronto com predador, os membros do grupo de S. libidinosus estudados apresentaram comportamentos antipredatórios que incluíram vocalizações de alarme, displays agonísticos e fuga na presença dos predadores, e curiosidade na presença do estímulo controle. Porém, responderam com pouca intensidade aos playbacks de vocalizações de alarme, indicando que estes animais precisaram de estímulos visuais e não só vocais para realizarem comportamentos antipredatórios. De uma maneira geral, os animais reagiram de forma apropriada aos estímulos visuais e esta metodologia pode ser utilizada em programas de reabilitação de animais silvestres e também como enriquecimento ambiental para melhorar a qualidade de vida de animais cativos.