Avaliação da fibrose hepática através de métodos não-invasivos em pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite B
O estágio da fibrose hepática é preditor no prognóstico e na definição terapêutica da doença hepática e a biópsia hepática é considerada “padrão ouro”. Porém, métodos não invasivos vêm sendo desenvolvidos, como os escores APRI (Platelet Ratio Index), o FIB-4 (fibrosis-4 Index) e exames de imagem, co...
Main Author: | MOURA, Izolda Maria Fernandes de |
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Other Authors: | LOPES, Edmundo Pessoa de Almeida |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34224 |
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Summary: |
O estágio da fibrose hepática é preditor no prognóstico e na definição terapêutica da doença hepática e a biópsia hepática é considerada “padrão ouro”. Porém, métodos não invasivos vêm sendo desenvolvidos, como os escores APRI (Platelet Ratio Index), o FIB-4 (fibrosis-4 Index) e exames de imagem, como o “acoustic radiation force impulse” (ARFI), e recentemente, a galectina 3 (GAL- 3). O objetivo deste estudo é avaliar o estágio da fibrose hepática em pacientes com infecção crônica pelo vírus da hepatite B (HBV), através dos escores APRI e FIB-4 e quantificação de GAL-3, tendo como padrão a rigidez hepática aferida pela elastografia hepática (ARFI) como padrão e construir modelo matemático combinado, Análise de Classes Latentes (ACL). Estudo de coorte transversal com pacientes com infecção pelo HBV, realizaram elastografia (ARFI) e venopunção para quantificação de GAL-3 e cálculos dos escores APRI e FIB-4, cujo desempenho foi avaliado através das respectivas curvas ROC. Em seguida, realizou-se a ACL. Estudados 109 pacientes, sendo 61 do sexo masculino, com média de idade de 43 anos, foram estratificados de acordo com a elastografia, com ponto de corte 1,21, em dois grupos: fibrose significativa (≥ F2) com 38 pacientes e não significativa (< F2) com 71 pacientes. Foram incluídos neste estudo 109 pacientes, sendo 61 masculinos, média de idade de 43 anos. De acordo com a separação pela elastografia em: fibrose significativa = 38 (34,86%) e não significativa = 71 (65,13%) pacientes. Através da curva ROC foi identificado ponto de corte para o APRI = 0,37, com sensibilidade = 63% e especificidade = 63%, AUC = 0,661; e para o FIB-4 = 1,59 com sensibilidade = 47% e especificidade = 87%, AUC = 0,676. Através da curva ROC construída pela ACL foi identificado ponto de corte para o APRI = 0,33, AUC = 0,83, com sensibilidade = 69% e especificidade = 93%; e para o FIB-4 = 1,33, AUC = 0,93, com sensibilidade = 100% e especificidade = 96%. A GAL-3 foi quantificada em 103 pacientes, tendo o ARFI como padrão-ouro, e estratificados, em fibrose significativa (≥ F2) = 36 (34,95%) pacientes e não significativa = 67 (65,05%) pacientes e mediana de GAL-3 3,52 ng/mL para fibrose significativa (≥ F2) e 2,50 ng/mL para fibrose não significativa (< F2) (p = 0,014). Através da curva ROC foi identificado ponto de corte para a GAL-3 = 3,83, com sensibilidade = 47,2% e especificidade =76,1%, AUC = 0,623. Através da curva ROC construída pela ACL foi identificado ponto de corte para o GAL-3 = 2,56, AUC = 0,59, com sensibilidade = 81,82 e especificidade = 45,65 %. Neste estudo, tendo como padrão a fibrose hepática aferida pela elastografia (ARFI), verificou-se modesta acurácia do APRI, do FIB-4 e da GAL-3. Já através da ACL, verificou-se que o índice FIB-4 e GAL-3 apresentaram boa acurácia e seriam capazes de evitar a biópsia em grande parte dos casos, na identificação de pacientes com fibrose significativa pelo HBV. |
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