Avaliação do tratamento com metformina sobre o nervo periférico exposto à hiperglicemia em animais induzidos à diabetes tipo 1
A polineuropatia diabética distal é a complicação crônica mais comum do diabetes mellitus, repercutindo na qualidade de vida dos pacientes. A metformina é um fármaco amplamente utilizado para o tratamento de diabetes tipo 2 para controle glicêmico. No entanto, estudos demonstram que a metformina pos...
Main Author: | LÓS, Deniele Bezerra |
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Other Authors: | MORAES, Silvia Regina Arruda de |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34441 |
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Summary: |
A polineuropatia diabética distal é a complicação crônica mais comum do diabetes mellitus, repercutindo na qualidade de vida dos pacientes. A metformina é um fármaco amplamente utilizado para o tratamento de diabetes tipo 2 para controle glicêmico. No entanto, estudos demonstram que a metformina possui um potencial terapêutico na dor neuropática em modelos de lesão mecânica ou química do nervo periférico. O objetivo deste estudo foi avaliar se a administração de metformina logo após confirmação do diabetes e sem administração de insulina exógena, previne danos ao tecido nervoso periférico exposto à hiperglicemia crônica em animais induzidos ao diabetes mellitus tipo 1. Camundongos Swiss foram distribuídos aleatoriamente em 4 grupos experimentais: animais não diabéticos (Controle); animais diabéticos (STZ), animais diabéticos tratados com 100 mg/kg/dia de metformina (STZ+M100) e animais diabéticos tratados com 200 mg/kg/dia de metformina (STZ+M200). O diabetes foi induzido via injeção intraperitoneal de estreptozotocina (STZ, 90 mg/kg/dia), em dois dias consecutivos, e confirmado por glicemia de jejum no 4º dia após a indução. Neste mesmo dia, o tratamento com metformina foi iniciado, via gavagem, e durou 9 semanas. As doses em estudo foram fracionadas em duas administrações diárias, com intervalo de 7 horas entre elas. Os nervos isquiáticos do grupo STZ apresentaram alteração em todos os parâmetros morfométricos analisados. As duas doses de metformina foram eficazes em prevenir a atrofia axonal e em reduzir a expressão de mediadores pro-inflamatórios (interleucina-1β, enzima oxido nítrico sintase induzível e oxido nítrico tecidual e sérico). No entanto, o tratamento com 200 mg de metformina foi benéfico por aumentar a expressão de marcadores anti-inflamatórios (interleucina-10 e inibidor kappa B-alfa), angiogênico (fator de crescimento endotelial vascular) e proteínas neuronais (fator de crescimento neural e proteína básica da mielina). Assim, a metformina, especialmente na dose de 200 mg, gerou efeito anti-inflamatório e neuroprotetor no nervo periférico exposto à hiperglicemia crônica, reduzindo as alterações deletérias que predispõem à instalação da polineuropatia diabética distal. |
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