Lentibulariaceae na Mata Atlântica do Nordeste brasileiro

Lentibulariaceae compreende aproximadamente 360 espécies de ervas carnívoras com ampla distribuição mundial, consistindo de três gêneros (Pinguicula, Genlisea e Utricularia) com especializações morfológicas singulares para captura e digestão de presas. Para o Brasil estão registradas 84 espécies de...

Full description

Main Author: GUEDES, Felipe Martins
Other Authors: ALVES, Marccus Vinícius da Silva
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35706
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Summary: Lentibulariaceae compreende aproximadamente 360 espécies de ervas carnívoras com ampla distribuição mundial, consistindo de três gêneros (Pinguicula, Genlisea e Utricularia) com especializações morfológicas singulares para captura e digestão de presas. Para o Brasil estão registradas 84 espécies de Genlisea e Utricularia, as quais são reconhecidas pelas inflorescências racemosas ou reduzidas à uma flor solitária, corola bilabiada e calcarada, e por suas armadilhas carnívoras subterrâneas ou submersas. O objetivo desse estudo foi o levantamento e tratamento taxonômico das espécies da família ocorrentes no domínio fitogeográfico da Mata Atlântica no Nordeste brasileiro. A área de estudo compreende diversas fitofisionomias como Formações Pioneiras Costeiras, Florestas Estacionais Perenifólias, Florestas Ombrófilas Abertas (Montanas e Submontanas) e áreas de tensão ecológica, inseridas nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe. Foram realizadas expedições de campo nas áreas supracitadas, os espécimes foram coletados e herborizados segundo a metodologia usual em taxonomia vegetal com uma adaptação para os exemplares mais frágeis do grupo. Todo o material foi depositado no herbário UFP e duplicatas serão enviadas para o ALCB, ASE, JPB, MAC, RB, SPF e UFRN. Foram presencialmente analisados os acervos dos herbários ALCB, ASE, CEN, CEPEC, EAC, EAN, FLOR, HRB, HST, HTSA, HUEFS, HURB, IPA, JPB, K, MAC, MOSS, MUFAL, PEUFR, R, RB, SP, SPF, UEC, UFP e UFRN, e imagens de exemplares de coleções do BM, E, F, GH, INPA, JABU, M, MBM, MO, NY e P. As identificações foram checadas com base em bibliografia especializada para os gêneros, materiais-tipo e protólogos. Assim, 13 espécies erroneamente indicadas para a área foram corrigidas quanto à identificação e/ou ocorrência. Por conseguinte, 32 táxons foram confirmados para a área de estudo, sendo 42 novos registros referentes à 26 espécies, e 12 novos registros para a Mata Atlântica. Desses 32 táxons, apenas um é endêmico da Mata Atlântica (G. lobata Fromm) e um é endêmico do Nordeste (U. flaccida A.DC.), enquanto 18 são de ampla distribuição no País, ocorrendo em mais de dois domínios fitogeográficos, e outros apresentam distribuição disjunta que corroboram com conexões Atlântico- Amazônicas e Atlântico-Cerrado já documentadas.