Saberes e práticas pedagógicas dos professores alfabetizadores nos contextos escolares no Brasil e na França : gestão da avaliação através da intermediação-planejada no ciclo de alfabetização
Nesta pesquisa, investigamos a constituição dos saberes e das práticas dos docentes participantes das formações do PNAIC (Brasil) e do Éduscol/Ifé – PPC2 (França) relacionados à abordagem da Gestão do Ensino da Leitura e da Escrita e da Gestão da Avaliação através da Intermediação-Planejada nas apre...
Main Author: | OLIVEIRA, Renata Araújo Jatobá de |
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Other Authors: | SILVA, Magna do Carmo |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/35747 |
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Summary: |
Nesta pesquisa, investigamos a constituição dos saberes e das práticas dos docentes participantes das formações do PNAIC (Brasil) e do Éduscol/Ifé – PPC2 (França) relacionados à abordagem da Gestão do Ensino da Leitura e da Escrita e da Gestão da Avaliação através da Intermediação-Planejada nas aprendizagens das crianças nas turmas do Ciclo de Alfabetização/Cycle 2. Foram organizadas três seções teóricas: 1) formação continuada como desenvolvimento profissional com o conceito dos saberes docentes, na perspectiva da construção do conhecimento sobre a leitura e a escrita, através da parceria entre o ensino explícito e a perspectiva construtivista; 2) práticas docentes para alfabetização e letramento e, para isso, abordamos o que devemos ensinar a partir de como a criança aprende e defendemos a alfabetização sistemática; 3) fundamentos da avaliação com o planejamento ajustado para a intervenção no ensino. O estudo é qualitativo e quantitativo e adotamos como procedimentos metodológicos: (i) a análise documental (PNAIC e PPC2); (ii) a aplicação dos questionários, aberto (725 professores) e fechado (939 professores) da rede de ensino municipal do Recife (1º ao 3º anos) e o questionário aberto (7 professores) da GS e Ciclo 2 (CP, CE1 e CE2) da França; (iii) as observações das práticas do Ciclo de Alfabetização do Brasil (1º ao 3º anos) e das práticas do CP/Ciclo 2 da França; e, por fim, (iv) realizamos entrevistas nos dois contextos da pesquisa. Para leitura dos dados, utilizamos o método de análise de conteúdo e a Análise Estatística Implicativa (A.S.I.), possibilitada pelo software CHIC (Classificação Hierárquica, Implicativa e Coesitiva). Os resultados foram organizados em dois grandes blocos de análise. O primeiro trata dos dados do Brasil e o segundo dos dados da França. Em relação ao Brasil, sobre o documento analisado (PNAIC), verificamos que as orientações sobre a gestão da avaliação é quem conduz o trabalho docente para a gestão do ensino da leitura e da escrita, aspecto primordial para o trabalho pedagógico sistemático. No perfil dos professores da rede do Recife, foi verificado que no 1º ano existem a alfabetização e o letramento como meta; no 2º ano, foi identificada a preocupação com o trabalho da heterogeneidade; no 3º ano, existe a prioridade dos estudos sobre os temas gerais da área educacional. Nas práticas docentes, existe a compreensão da diversificação das intervenções e das formas de agrupamento para o atendimento à heterogeneidade. Os dispositivos pedagógicos são desenvolvidos na perspectiva da avaliação integrada envolvendo planejamento do professor, da escola e avaliação no Ciclo de Alfabetização para programar as ações ajustadas. Na França, o documento PPC2 apresenta funcionamento da língua francesa como sendo o objetivo central do ensino no ciclo. O perfil geral dos professores da escola aponta a preocupação com o tempo pedagógico. A gestão do ensino é realizada intencionalmente, ou seja, a professora sabe exatamente o que deve ensinar pelo currículo já estabelecido. As intervenções e os agrupamentos são desenvolvidos com a apresentação do conteúdo; reflexão sobre o sistema de escrita alfabética; leitura, compreensão e fluência; e, por fim, avaliação diária. Na prática da professora, dispositivos pedagógicos são organizados para as recuperações constantes, diárias e progressivas. Diante disso, temos cinco argumentos: (i) a formação de professores deve considerar os diversos elementos que compõem os gêneros profissionais para a efetivação do desenvolvimento profissional; (ii) os gêneros profissionais, explícitos e definidos, servem como suporte didático e pedagógico para as escolhas do planejamento; (iii) os dispositivos das professoras pesquisadas foram regulares e intencionais, apresentando-se de forma diferenciada em cada contexto e por meio da consideração comum da sistematização do ensino e da progressão das aprendizagens; (iv) os dispositivos também revelaram indícios de esquemas profissionais implícitos nas práticas das professoras, alguns conscientes outros não, para atender aos direitos consolidados e às competências estabelecidas; e, por fim, (v) as ações desenvolvidas por cada docente apresentam-se, por várias vezes, como o estilo profissional de cada professora. Assim, a pesquisa indicou que o professor é capaz de desenvolver um estilo profissional, independente do contexto macro socioeducativo vivido e que revela o processo de desenvolvimento profissional, que será marcado a partir da Gestão do Ensino da Leitura e da Escrita e pela Gestão da Avaliação através da Intermediação-Planejada nas aprendizagens das crianças para cada ano do ciclo. |
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