Perfil epidemiológico e hábitos alimentares de gestantes de alto risco acompanhadas em centro de referência do município de Vitória de Santo AntãoPE
A gravidez é considerada um processo fisiológico que tende a transcorrer sem intercorrências, porém, dados do Ministério da Saúde apontam que em 20% dos casos há a probabilidade de evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe, configurando uma gestação de alto risco. Ela é definida po...
Main Author: | OLIVEIRA, Maria Heloisa Moura de |
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Other Authors: | SILVA, Cristina de Oliveira |
Format: | bachelorThesis |
Language: | por |
Published: |
2020
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/36516 |
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Summary: |
A gravidez é considerada um processo fisiológico que tende a transcorrer sem intercorrências,
porém, dados do Ministério da Saúde apontam que em 20% dos casos há a probabilidade de
evolução desfavorável, tanto para o feto como para a mãe, configurando uma gestação de alto
risco. Ela é definida por uma série ampla de condições clínicas, obstétricas ou sociais que
podem trazer complicações ao período gestacional, ameaçando o bem-estar do binômio
materno-fetal e comprometendo o desfecho da gravidez. Evidencia-se que os indicadores de
saúde materna são sensíveis às desigualdades sociais, bem como as diferentes condições de
recursos a população. Ademais, dentre os diversos fatores que podem interferir naevolução
do período gestacional, o hábito alimentar apresenta papel de destaque, pois interfere no
estado nutricional da gestante, refletindo consequências na condição de saúde materna e
infantil. Portanto, este estudo teve por objetivo identificar o perfil epidemiológico e avaliar os
hábitos alimentares de gestantes de alto risco, assistidas no Centro de Especialidades da Saúde
da Mulher, que faz parte do programa de cuidados de gestação de alto risco no município de
Vitória de Santo Antão-PE. Trata-se de um estudo transversal de abordagem quantitativa, cuja
amostra populacional foi de 90 gestantes atendidas no período de janeiro a novembro de 2017.
A coleta de dados foi realizada por meio da análise dos prontuários das gestantes, e entrevista
individual, mediante a utilização de um questionário semiestruturado, para obtenção de
informações sócio demográficas e de hábitos alimentares. Constatou-se que 61,8% tinham
idade entre 20 e 29 anos; 61,9% não possuíam ensino médio completo. No que diz respeito a
situação conjugal, 52,7% eram casadas e 37,4% viviam com o companheiro. A maioria das
gestantes era de cor parda (37,4%) ou branca (28,6%) e 48,8% apresentou renda mensal de
um salário mínimo. As complicações gestacionais identificadas como prevalentes foram a
anemia (36,8%), infecção do trato urinário (34,9%), hipertensão arterial (27,6%) e diabetes
mellitus (12,6%). Quanto aos hábitos alimentares, os resultados deste estudo demonstraram
que 72,3% das entrevistadas consumiam diariamente frutas, verduras, legumes e grãos. Em
contrapartida, 64% das gestantes consumiam alimentos considerados não saudáveis, como
enlatados, frituras e carnes gordas, sendo que 50% consumiam tais alimentos mais de duas
vezes semanalmente. Conclui-se que o conhecimento do perfil epidemiológico e dos hábitos
alimentares das gestantes de alto risco é fundamental para o direcionamento de ações de
promoção a saúde, já que a assistência pré- natal é um serviço diferenciado e complexo, em
que a partir do trabalho multiprofissional, se torna possível realizar diagnósticos e
planejamento de ações, que visem o bem-estar da gestante e do feto neste período. |
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