Eficácia da fotobiomodulação no tratamento da mucosite oral em crianças e adolescentes submetidos à quimioterapia : um estudo piloto

A quimioterapia é uma das modalidades de tratamento oncológico mais empregada em crianças e adolescentes com diagnóstico de neoplasias malignas sólidas e hematológicas. No entanto, possui como efeito indesejável, a mucosite oral (MO). A fotobiomodulação com laser é uma terapia disponível para a MO....

Full description

Main Author: MELO, Maria Cecília Freire de
Other Authors: GODOY, Gustavo Pina
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2020
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37710
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Summary: A quimioterapia é uma das modalidades de tratamento oncológico mais empregada em crianças e adolescentes com diagnóstico de neoplasias malignas sólidas e hematológicas. No entanto, possui como efeito indesejável, a mucosite oral (MO). A fotobiomodulação com laser é uma terapia disponível para a MO. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficácia da fotobiomodulação no tratamento da MO em crianças e adolescentes submetidos à quimioterapia. Metodologicamente, realizou-se um estudo piloto, através de ensaio clínico randomizado de superioridade, aberto, controlado e duplo-cego na faixa etária de 1 a 18 anos cujas crianças/adolescentes estavam internadas no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (HUOC), no período de agosto a dezembro de 2019. A amostra foi constituída por 31 casos de MO, sendo randomizados e alocados em três grupos. Os participantes do grupo controle (n=11) receberam a fotobiomodulação com laser vermelho (ʎ = 660nm; 100 mW, modo contínuo, 0,028cm², 2J, 70 J/cm²), o grupo experimental A (n=10) com laser infravermelho (ʎ = 808nm; 100 mW, modo contínuo, 0,028cm², 2J, 70 J/cm²) e por fim, grupo experimental B (n=10) com o laser vermelho e infravermelho simultâneos (ʎ = 660nm + 808 nm; 100 mW de cada emissor, modo contínuo, 0,028cm², 1J de cada emissor, 35 J/cm² de cada emissor). A avaliação da MO foi realizada através da escala de toxicidade aguda da MO da Organização Mundial de Saúde (OMS). Os participantes do estudo foram acompanhados diariamente até a recuperação tecidual clínica das lesões. Os dados foram avaliados estatisticamente através de análise descritiva e testes Qui-quadrado, Exato de Fisher e Mann-whitney foram utilizados, com erro máximo de 5%. Calculou-se o Número Necessário a Tratar (NNT) das intervenções, sendo NNT do grupo experimental A= 6,13 e NNT do grupo experimental B= 15,87. Os resultados da amostra no período estudado descrevem que a maioria dos participantes eram do sexo masculino (67,7%) na faixa etária de 1 a 12 anos (58,1%), diagnosticados com leucemia (61,3%) e que receberam Metotrexato (MTX) em altas doses (58,1%). Não houve diferença estatisticamente significativa entre o grau de severidade de MO e as variáveis estudadas. Com base nos resultados, pode-se sugerir a eficácia da fotobiomodulação dos espectros de ação estudados no tratamento da MO, com boa aceitação das terapias por crianças e adolescentes destacando-se no período de realização deste estudo o laser infravermelho com soberania frente às outras terapias.