Inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental no local de trabalho de professores universitários
Esta tese buscou conhecer a percepção sobre a Inveja, Bem-Estar subjetivo (BES) e saúde mental no ambiente de trabalho acadêmico de professores universitários de Instituições de Ensino Superior Públicas. As discussões trataram sobre a inveja como um estado negativo que tem influências destrutivas so...
Main Author: | SILVA, Mary Dayane Souza |
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Other Authors: | ROAZZI, Antonio |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2020
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37855 |
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ir-123456789-378552020-09-10T05:10:17Z Inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental no local de trabalho de professores universitários SILVA, Mary Dayane Souza ROAZZI, Antonio http://lattes.cnpq.br/9393194690113819 http://lattes.cnpq.br/6108730498633062 Inveja Bem-estar subjetivo Local de trabalho Esta tese buscou conhecer a percepção sobre a Inveja, Bem-Estar subjetivo (BES) e saúde mental no ambiente de trabalho acadêmico de professores universitários de Instituições de Ensino Superior Públicas. As discussões trataram sobre a inveja como um estado negativo que tem influências destrutivas sobre os vários resultados relacionados ao contexto das organizações, do bem-estar subjetivo enquanto campo da psicologia que busca entender as avaliações das pessoas sobre suas vidas e, da saúde mental, especificamente, quanto a suas consequências diretas sobre a saúde e o absenteísmo do trabalhador. Portanto, julga-se necessário a emersão de estudos no Brasil no âmbito organizacional que congreguem as relações entre a inveja presente nos locais de trabalho relacionando-as com o BES e suas influencias na saúde mental dos indivíduos que compõem as instituições de ensino superior públicas, no intuito de direcionar ações que possam vir a aperfeiçoar as relações na área acadêmica. Para tal, definiu o objetivo de Examinar de que forma a inveja, o Bem-estar Subjetivo e a saúde mental docente se inter-relacionam e interagem e, de que modo cada uma das dimensões se correlacionam no local de trabalho dos professores de Instituições de Ensino Superior Públicas. Para a consecução deste propósito, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: (i) Identificar a percepção que os docentes detêm sobre a inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental em seus locais de trabalho; (ii) Averiguar a forma como a inveja, bem-estar subjetivo e a saúde mental se relacionam no local de trabalho docente; (iii) Verificar se existem diferenças significativas nas dimensões inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental em função do sexo, idade, instituição, tempo de docência, vínculo profissional e formação; e, (iv) Avaliar a eficácia preditiva dos construtos bem-estar subjetivo e saúde mental na inveja no local de trabalho de professores universitários. O percurso metodológico envolveu a necessidade de adotar duas abordagens distintas entre si, uma qualitativa e outra quantitativa com 176 professores universitários. No Estudo I, objetivou-se explorar, sob um enfoque qualitativo, com o uso do software IRAMUTQ, a percepção dos docentes sobre a inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental. Os pesquisados responderam a um questionário com perguntas abertas do tipo associação livre de palavras. Os resultados das análises de classificação hierárquica descendentes mostraram seis classes relacionadas aos construtos em estudo (Inveja tóxica, Inveja dolorosa, Cuidado mental, Equilíbrio, Aspectos desejável e Qualidade de Vida). O Estudo II teve como objetivo verificar a relação entre Bem-Estar Subjetivo e Saúde mental com a Inveja, bem como desenvolver modelos explicativos dessas, no intuito de atender os demais objetivos. Por meio dos seguintes instrumentos: Escala de Inveja Disposicional (DES) desenvolvida por Smith et al., (1999) e validado no Brasil por Milfont e Gouveia (2009), a Escala Bem-Estar Subjetivo (EBES) proposta e validada no Brasil por Albuquerque e Tróccoli (2004) e a Escala de Saúde Mental (SF-36). Foram realizadas análises descritivas, de correlações, escalonamento multidimensional e de regressão múltipla. Em linha gerais, os resultados indicam que quanto mais inveja mais emoções negativas e, consequentemente, menos satisfação com a vida, emoções positivas, vitalidade e saúde mental percebe-se nos docentes em seus locais de trabalho. O modelo explicativo da inveja a partir de afetos negativos e satisfação com a vida, apresentou indicadores de ajuste satisfatórios [F (1,174) = 35.36; p =.001] e [F (1,173) = 6.068; p = .015] respectivamente, que indicam sua adequação. Diante desses resultados, acredita-se que os objetivos da tese tenham sido alcançados, uma vez que foram exploradas a percepção acerca da inveja, bem-estar subjetivo e Saúde mental, e conhecida as relações entre esses construtos. Decerto, estes achados contribuem para a literatura sobre a temática no contexto brasileiro. Por fim, acredita-se que as instituições públicas de ensino superior, devem repensar o ambiente acadêmico introduzindo possíveis medidas para lidar com a inveja nos locais de trabalho e com isso vir a minimizar seu impacto futuro sobre o Bem-estar subjetivo e a saúde mental docente. Recomenda-se assim, realizar mais pesquisas longitudinais e estudos de grupo que possam vir fortalecer ou impedir a escalada do processo de inveja no ambiente de trabalho acadêmico. CAPES This thesis aims to know the perception about Envy, Subjective Well-Being (SWB) and mental health in the academic work environment of university professors of Public Higher Education Institutions. The discussions treated envy as a negative state that has destructive influences on the various results related to the context of organizations, subjective well-being as a field of psychology that seeks to understand people's assessments about their lives and, of mental health, specifically, regarding their direct consequences on the health and absenteeism of the worker. Therefore, it is considered necessary to emerat studies in Brazil in the organizational sphere that combine the relationships between envy present in workplaces related to BES and its influences on the mental health of individuals who make up the institutions of public higher education, in order to direct actions that may improve relations in the academic area. To this end, it defined the objective of examining how envy, subjective well-being and teacher mental health interrelate and interact and how each of the dimensions correlate in the workplace of professors of university institutions of Public Higher Education. For the achievement of this purpose, the following specific objectives were established: (i) To identify the perception that teachers hold about envy, subjective well-being and mental health in their workplaces; (ii) to verify how envy, subjective well-being and mental health relate in the teaching workplace; (iii) To verify if there are significant differences in the dimensions of envy, subjective well-being and mental health due to gender, age, institution, teaching time, professional bond and raining; and( iv) Evaluate the predictive efficacy of subjective well-being constructs and mental health in envy in the workplace of university professors. The methodological path involved the need to adopt two distinct approaches to each other, one qualitative and the other quantitative with 176 university professors. In Study I, the objective was to explore, from a qualitative approach, with the use of IRAMUTQ software, the perception of teachers about envy, subjective well-being and mental health. The respondents answered a questionnaire with open questions of the type free association. The results of descending hierarchical classification analyses showed six classes related to constructs under study (Toxic envy, Painful Envy, Mental Care, Balance, Desirable Aspects and Quality of Life). Study II aimed to verify the relationship between Subjective Well-Being and Mental Health with Envy, as well as develop explanatory models of these, in order to meet the other objectives. Through the following instruments: Dysfunctional Envy Scale (DES) developed by Smith et al., (1999) and validated in Brazil by Milfont and Gouveia (2009), the Subjective Welfare Scale (EBES) proposed and validated in Brazil by Albuquerque and Tróccoli (2004) and Mental Health Scale (SF-36). Descriptive, correlation, multidimensional scaling and multiple regression analyses were performed. In general, the results indicate /that the more it envies negative emotions and, consequently, less satisfaction with life, positive emotions, vitality and mental health is perceived in teachers in their workplaces. The explanatory model of envy from negative affections and satisfaction with life, presented satisfactory adjustment indicators [F (1.174) = 35.36; p = .001] and [F (1.173) = 6,068; p = .015] respectively, which indicate their adequacy. In view of these results, it is believed that the objectives of the thesis have been achieved. The perception about envy, subjective well-being and mental health were explored, known the relationships between these constructs. Certainly, these findings contribute to the literature on the theme in the Brazilian context. Finally, it is believed that public institutions of higher education, should rethink the academic environment by introducing possible measures to deal with envy in the workplace and thereby minimize their future impact on subjective well-being and health mental teacher. It is recommended to conduct more longitudinal research and group studies that may strengthen or prevent the escalation of the process of envy in the academic work environment. 2020-09-09T18:11:15Z 2020-09-09T18:11:15Z 2020-02-19 doctoralThesis SILVA, Mary Dayane Souza. Inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental no local de trabalho de professores universitários. 2020. Tese (Doutorado em Administração) – Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2020. https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37855 por openAccess http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Administracao |
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Esta tese buscou conhecer a percepção sobre a Inveja, Bem-Estar subjetivo (BES) e saúde mental no ambiente de trabalho acadêmico de professores universitários de Instituições de Ensino Superior Públicas. As discussões trataram sobre a inveja como um estado negativo que tem influências destrutivas sobre os vários resultados relacionados ao contexto das organizações, do bem-estar subjetivo enquanto campo da psicologia que busca entender as avaliações das pessoas sobre suas vidas e, da saúde mental, especificamente, quanto a suas consequências diretas sobre a saúde e o absenteísmo do trabalhador. Portanto, julga-se necessário a emersão de estudos no Brasil no âmbito organizacional que congreguem as relações entre a inveja presente nos locais de trabalho relacionando-as com o BES e suas influencias na saúde mental dos indivíduos que compõem as instituições de ensino superior públicas, no intuito de direcionar ações que possam vir a aperfeiçoar as relações na área acadêmica. Para tal, definiu o objetivo de Examinar de que forma a inveja, o Bem-estar Subjetivo e a saúde mental docente se inter-relacionam e interagem e, de que modo cada uma das dimensões se correlacionam no local de trabalho dos professores de Instituições de Ensino Superior Públicas. Para a consecução deste propósito, foram estabelecidos os seguintes objetivos específicos: (i) Identificar a percepção que os docentes detêm sobre a inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental em seus locais de trabalho; (ii) Averiguar a forma como a inveja, bem-estar subjetivo e a saúde mental se relacionam no local de trabalho docente; (iii) Verificar se existem diferenças significativas nas dimensões inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental em função do sexo, idade, instituição, tempo de docência, vínculo profissional e formação; e, (iv) Avaliar a eficácia preditiva dos construtos bem-estar subjetivo e saúde mental na inveja no local de trabalho de professores universitários. O percurso metodológico envolveu a necessidade de adotar duas abordagens distintas entre si, uma qualitativa e outra quantitativa com 176 professores universitários. No Estudo I, objetivou-se explorar, sob um enfoque qualitativo, com o uso do software IRAMUTQ, a percepção dos docentes sobre a inveja, bem-estar subjetivo e saúde mental. Os pesquisados responderam a um questionário com perguntas abertas do tipo associação livre de palavras. Os resultados das análises de classificação hierárquica descendentes mostraram seis classes relacionadas aos construtos em estudo (Inveja tóxica, Inveja dolorosa, Cuidado mental, Equilíbrio, Aspectos desejável e Qualidade de Vida). O Estudo II teve como objetivo verificar a relação entre Bem-Estar Subjetivo e Saúde mental com a Inveja, bem como desenvolver modelos explicativos dessas, no intuito de atender os demais objetivos. Por meio dos seguintes instrumentos: Escala de Inveja Disposicional (DES) desenvolvida por Smith et al., (1999) e validado no Brasil por Milfont e Gouveia (2009), a Escala Bem-Estar Subjetivo (EBES) proposta e validada no Brasil por Albuquerque e Tróccoli (2004) e a Escala de Saúde Mental (SF-36). Foram realizadas análises descritivas, de correlações, escalonamento multidimensional e de regressão múltipla. Em linha gerais, os resultados indicam que quanto mais inveja mais emoções negativas e, consequentemente, menos satisfação com a vida, emoções positivas, vitalidade e saúde mental percebe-se nos docentes em seus locais de trabalho. O modelo explicativo da inveja a partir de afetos negativos e satisfação com a vida, apresentou indicadores de ajuste satisfatórios [F (1,174) = 35.36; p =.001] e [F (1,173) = 6.068; p = .015] respectivamente, que indicam sua adequação. Diante desses resultados, acredita-se que os objetivos da tese tenham sido alcançados, uma vez que foram exploradas a percepção acerca da inveja, bem-estar subjetivo e Saúde mental, e conhecida as relações entre esses construtos. Decerto, estes achados contribuem para a literatura sobre a temática no contexto brasileiro. Por fim, acredita-se que as instituições públicas de ensino superior, devem repensar o ambiente acadêmico introduzindo possíveis medidas para lidar com a inveja nos locais de trabalho e com isso vir a minimizar seu impacto futuro sobre o Bem-estar subjetivo e a saúde mental docente. Recomenda-se assim, realizar mais pesquisas longitudinais e estudos de grupo que possam vir fortalecer ou impedir a escalada do processo de inveja no ambiente de trabalho acadêmico. |
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