Bioatividade de coberturas comestíveis a base de quitosana em gel e nanopartículas na conservação de morangos (fragaria x ananassa)

O morango é uma fruta que tem uma pequena vida de prateleira e alta susceptibilidade a infecções fúngicas. O gel de quitosana tem sido estudado como cobertura comestível em frutas devido a sua ação conservadora, mas acredita-se que suas características podem ser melhoradas através da incorporação de...

Full description

Main Author: MELO, Natália Ferrão Castelo Branco
Other Authors: STAMFORD, Thayza Christina Montenegro
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2020
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37868
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Summary: O morango é uma fruta que tem uma pequena vida de prateleira e alta susceptibilidade a infecções fúngicas. O gel de quitosana tem sido estudado como cobertura comestível em frutas devido a sua ação conservadora, mas acredita-se que suas características podem ser melhoradas através da incorporação de nanopartículas. Portanto, o objetivo do trabalho foi avaliar a eficácia do gel, nanopartículas e gel+ nanopartículas na conservação pós-colheita de morangos. Inicialmente, foi realizado um planejamento fatorial (24) para determinação dos parâmetros ideais para produção das nanopartículas. Em seguida, as nanopartículas foram submetidas as análises de DLS, microscopia eletrônica de varredura e FTIR e HET-CAM. A estabilidade coloidal das nanopartículas foi avaliada através das análises de tamanho, potencial zeta, turbidez, pH e índice de polidispersão. A ação antifúngica in vitro das substâncias teste foi determinada através das análises das concentrações inibitórias mínimas, do percentual de inibição do crescimento micelial, da germinação dos esporos fúngicos e alterações morfológicas dos fungos. Foi avaliado também a ação antioxidante das coberturas pelo método do DPPH, ABTS e FRAP e citotóxica pelo MTT. A ação antifúngica in vivo ocorreu nos morangos previamente contaminados com os fungos e posteriormente cobertos com as substâncias teste. Foram avaliados os aspectos sensoriais e físico-químicos dos morangos com e sem coberturas armazenados em temperatura ambiente e em refrigeração (6 e 12 dias, respectivamente). Os parâmetros ideias encontrados para produção de nanopartículas foram: pH=4,0 e Q:TPP=4:1, Q=2mg/ml e TPP=1mg/ml. As nanopartículas apresentaram um tamanho=331.1nm, potencial zeta=+34mV, PDI=0.377 e foram consideradas biocompatíveis pelo teste do HET-CAM. Todas as coberturas a base de quitosana foram capazes de inibir o crescimento dos fungos pós-colheita e manter a qualidade físico-química e sensorial dos morangos. A cobertura feita com o gel+nanopartículas foi a que apresentou uma melhor antifúngica, conservadora e baixa citotoxicidade, sendo considerada a melhor cobertura capaz de manter a qualidade pós-colheita dos morangos, o que sugere que a nanotecnologia pode ser utilizada para melhorar as propriedades de coberturas comestíveis convencionais como o gel de quitosana.