O polimorfismo da região 577 do gene da ACTN3 e a incidência de lesões musculares em atletas de futebol americano e triatlo
Nas últimas décadas a ciência vem se concentrando cada vez mais em tentar entender a influência dos genes no desempenho esportivo, conhecidos como genes candidatos. Um dos genes candidatos mais promissores é o que codifica a isoforma 3 da proteína -actinina (ACTN3), que apresenta relação com desemp...
Main Author: | BORBA, Rafael Bandeira |
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Other Authors: | CORREIA, Maria Tereza dos Santo |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2020
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37871 |
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Summary: |
Nas últimas décadas a ciência vem se concentrando cada vez mais em tentar entender a influência dos genes no desempenho esportivo, conhecidos como genes candidatos. Um dos genes candidatos mais promissores é o que codifica a isoforma 3 da proteína -actinina (ACTN3), que apresenta relação com desempenho no que diz respeito à adaptação ao exercício, recuperação e risco de lesões. O objetivo deste estudo é verificar se o genótipo XX da região 577 do gene da ACTN3 está associado a uma maior incidência de lesões musculares em atletas de triatlo e futebol americano. Participaram da pesquisa 49 jogadores de futebol americano e 15 atletas de triatlo. Foi feita, com uso de swabs estéreis, a coleta das células da mucosa oral dos participantes e, posteriormente, a investigação do gene da ATCN3 por meio da PCR em tempo real. A análise dos dados foi feita através da estatística descritiva de médias e desvios padrões de lesões por ano de prática e a inferencial com o teste de Mann-Whitney para comprovar ou não diferenças significativas. Foram encontrados 20,41% dos genótipos RR, 57,14% RX e 22,45% XX no futebol americano e 40% RR, 40% RX e 20% XX nos atletas de triatlo. De acordo com nossos dados, não existem diferenças significativas para incidência de lesões musculares entre os RR e RX no futebol americano (P=0,2999) e no triatlo (P=0,1818). Em contrapartida há diferença significativa entre os XX (maior acometimento de lesões por ano de prática) e os RR+RX tanto no futebol americano (P<0,0001), quanto no triatlo (P=0,0088). De acordo com os dados, sugere-se que a configuração do polimorfismo da região 577 do gene da ACTN3 pode influir sobre a incidência de lesões musculares. Indivíduos homozigotos para o alelo X, por possuírem um aparato contrátil menos estável, mostraram-se mais suscetíveis a lesões musculares do que os indivíduos que apresentam o alelo R em sua configuração genotípica. Como há um número muito reduzido de publicações sobre o tema, justifica-se a necessidade da realização de novos experimentos. |
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