A centralidade da família na formação em Serviço Social na década de 1940 em Pernambuco
Esta dissertação tem como objetivo discutir a centralidade da família na formação profissional em Serviço Social em Pernambuco, na década de 1940. Aborda a primeira instituição de ensino em Serviço Social no Nordeste, a Escola de Serviço Social de Pernambuco (ESS/PE), que teve o propósito de formar...
Main Author: | SILVA, Maria Angélica Pedrosa de Lima |
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Other Authors: | VIEIRA, Ana Cristina de Souza |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2020
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37889 |
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Summary: |
Esta dissertação tem como objetivo discutir a centralidade da família na formação profissional em Serviço Social em Pernambuco, na década de 1940. Aborda a primeira instituição de ensino em Serviço Social no Nordeste, a Escola de Serviço Social de Pernambuco (ESS/PE), que teve o propósito de formar profissionais especializadas na intervenção dos problemas sociais prevalecentes da época, atuando, principalmente, com as crianças em situações consideradas de delinquência, mulheres com divergências com as leis, famílias de trabalhadores em situação de extrema pobreza e mulheres mães, com dificuldades na educação e provimento dos filhos. Busca-se apresentar as particularidades da formação do Serviço Social como uma profissão majoritariamente de mulheres e que teve na família da classe proletária, mais especificamente nas figuras da mulher e criança, o público-alvo para a intervenção. Desse modo, são analisados os problemas sociais reportados às famílias da capital pernambucana e as ações propostas para garantir o “ajustamento social” da instituição familiar às necessidades decorrentes do processo de urbanização e industrialização. No que concerne à metodologia, se buscou dedicar à pesquisa documental, sustentada em dados primários, como o acervo da Escola de Serviço Social de Pernambuco, as monografias das estudantes da ESS/PE e os jornais, bem como estudos secundários já produzidos sobre o tema. A pesquisa está fundamentada nas determinações teórico-metodológicas propiciadas pela literatura do Serviço Social vinculada à perspectiva marxista. O estudo aponta que a ESS/PE se tornou uma organização necessária para o estado, apresentando-se como tentativa de resposta à sociedade que necessitava de uma profissional especializada para lidar com os problemas sociais e salientasse o reajustamento das famílias, contingentes esses provenientes do êxodo rural, fluxos migratórios vindos do interior, que se viam forçados a vir para a capital em busca de melhores condições de vida. Nessa ótica, constata-se que as assistentes sociais em formação intervinham na formação moral e educacional das famílias populares, direcionando o ajustamento, principalmente, para a figura da mulher, na tentativa de reiterar a sua função social como mãe harmoniosa e educadora da prole. A discussão acerca da categoria de gênero se torna imprescindível nesse trabalho para se compreender o Serviço Social e sua constituição como um espaço feminino, tal qual o seu público usuário. O presente estudo, além de fornecer elementos da conjuntura pernambucana da década de 1940, contribui para o aprofundamento sobre a história do Serviço Social em Pernambuco e suas particularidades. |
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