Análise da caminhada dentro d’água em pessoas com doença de Parkinson : um estudo com acelerometria

A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa, resultante de disfunções nos núcleos da base, localizados no cérebro, relacionados com o controle da motricidade automática. A marcha das pessoas com DP é caracterizada pela redução da velocidade, do comprimento e da altura do passo. A utili...

Full description

Main Author: SOUZA, Caroline de Cássia Batista de
Other Authors: RODRIGUES, Marco Aurélio Benedetti
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2020
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37921
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Summary: A doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa, resultante de disfunções nos núcleos da base, localizados no cérebro, relacionados com o controle da motricidade automática. A marcha das pessoas com DP é caracterizada pela redução da velocidade, do comprimento e da altura do passo. A utilização dos acelerômetros para analisar a marcha humana tem sido ampliada e vários estudos têm utilizado diferentes tipos de acelerômetros para identificar as fases da marcha. O objetivo desse trabalho é desenvolver um equipamento para analisar e comparar a caminhada dentro e fora da água em pessoas com Doença de Parkinson. Trata-se de um estudo de desenvolvimento tecnológico seguido de testes de validação e funcionamento. O teste de validação apresenta um desenho longitudinal com amostras pareadas do tipo piloto. O recrutamento e triagem dos pacientes foi no Programa de extensão Pró-Parkinson e o teste de caminhada foi numa clínica de fisioterapia. Os pacientes foram submetidos a uma caminhada de 8 metros, dentro e fora da água, com acompanhamento da acelerometria que avaliou os parâmetros espaço-temporais da marcha. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos. A amostra foi composta por 5 sujeitos com diagnóstico de DP. Em relação aos resultados, as médias de comprimento da passada (cm) da perna direita e perna esquerda na terra foram 67 (26) e 65 (26), respectivamente. Enquanto na água foram 78 (32) na perna direita e 75 (33) na perna esquerda. A média do número de passos foi 29 (11) na terra e 22 (6) na água e a cadência (passo/segundos) foi de 1,4 (0,2) na terra e 0,7 (0,1) na água. O tempo para realização do teste em segundo foi de 21 (9) na terra e 33 (10) dentro da água. A velocidade (m/s) na terra foi de 0,5 (0,3) e na água de 0,3 (0,1). A altura da passada da perna direita e esquerda apresentou um aumento na água de 54% e 56%, respectivamente. O instrumento desenvolvido, apresentou resultado satisfatório, validando os aspectos funcionais do equipamento. A caminhada na água favoreceu uma melhora nos parâmetros espaço-temporais da marcha dos pacientes em comparação com a caminhada na terra.