A inovação no contexto escolar : inclusão e cidadania digital
A proposta deste artigo é a de discutir o papel da instituição escolar em uma sociedade de informação, de comunicação e de interação, na qual a juventude vivencia diariamente o consumo de informação fragmentada, que leva à saturação, ao desconcerto e, paradoxalmente, à desinformação (GÓMEZ, 2015). N...
Main Author: | Ângela Cristina Rodrigues de Castro |
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Format: | Online |
Language: | por |
Published: |
Colégio Militar do Rio de Janeiro
2020
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Online Access: |
http://ebrevistas.eb.mil.br/index.php/RB/article/view/6741 |
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A proposta deste artigo é a de discutir o papel da instituição escolar em uma sociedade de informação, de comunicação e de interação, na qual a juventude vivencia diariamente o consumo de informação fragmentada, que leva à saturação, ao desconcerto e, paradoxalmente, à desinformação (GÓMEZ, 2015). Nessa sociedade, todos, especialmente o adolescente, correm o risco iminente de desencontrarem-se de si mesmos, absorvendo cada vez mais o caráter de todos os outros sujeitos que se apresentam, deixando-se seduzir pelo que “se lhe apresenta como atrativo, pelas proclamações e pelos modelos de interpretação difundidos pela mídia e queinvadem o senso comum” (GÓMEZ, 2015, p. 18). A cultura digital, assim, criou um novo cenário para a comunicação e a interação humana, assim como para o pensamento e a aprendizagem. Dessa forma, a instituição escolar deve dar conta de desenvolver as qualidades e competências requeridas para a formação do cidadão contemporâneo a partir da mídiaeducação, ajudando-o a viver na incerteza e na complexidade (MORIN,2005 e 2010), como, por exemplo, observar, questionar, analisar e avaliar a fim de encontrar solução para os problemas que se lhe apresentam diariamente. Ela deve propiciar a formação de redes saudáveis de interação também no mundo digital, ajudando a conhecer e a compreender as regras de funcionamento e a ética das relaçõesem tal contexto, criando situações de inclusão digital (BONILLA e PRETTO, 2015) e de desenvolvimento da chamada cidadania digital (RIBBLE, 2015). Todavia, a escola prossegue utilizando práticas eestratégias de ensino e cotidianos herdados da era industrial, nos quais: a) a memorização ainda é priorizada; b) as tecnologias digitais são apresentadas com frequência para os discentes apenas nas aulasde informática, como conhecimento instrumental; c) os dispositivos digitais móveis, como celulares e tablets, assim como as plataformas de comunicação e interação, são proibidos e não utilizados segundoseu potencial pedagógico e para uma educação digital; d) alguns professores não se sentem preparados para utilizar as ferramentas digitais e as excluem de suas aulas ou apenas fazem uso delas parapropósitos e práticas antigas. As famílias não parecem ter condições de proceder sozinhas ao desenvolvimento da cidadania digital de seus filhos e filhas e a escola deveria estar, nesse momento,estabelecendo uma parceria em que a tônica não fosse a proibição do uso das ferramentas e dos ambientes digitais, mas de educação e informação para o uso, constituindo ambientes saudáveis de reflexãocrítica para a formação de aspectos como liderança, cooperação, criatividade, postura ética e autonomia em ambientes nos quais possam compreender como as Tecnologias Digitais de Informaçãoe Comunicação (TDIC) podem mudar a forma como se relacionam com o mundo. |
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