REDES DISCURSIVAS SOBRE OS CORPOS INFANTIS: A PEDAGOGIA CULTURAL DAS DANÇAS MIDIATIZADAS COMO REGIÃO DE CONSTITUIÇÃO DE SUBJETIVIDADES
O estudo que aqui se apresenta procurou analisar discursos produzidos e postos em circulação pelas danças midiatizadas, que vêm estatuindo o corpo como um objeto de saber/poder/ser no campo dos estudos sobre a Infância na contemporaneidade. Pretendeu ser uma análise da coexistência de enunciados,...
Main Author: | SOUZA, Ana Paula Abrahamian De |
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Other Authors: | CARVALHO, Rosângela Tenório de |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2016
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15324 |
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Summary: |
O estudo que aqui se apresenta procurou analisar discursos produzidos e postos em
circulação pelas danças midiatizadas, que vêm estatuindo o corpo como um objeto
de saber/poder/ser no campo dos estudos sobre a Infância na contemporaneidade.
Pretendeu ser uma análise da coexistência de enunciados, de seu funcionamento
mútuo, adstrita à formação discursiva sobre o corpo tendo as danças produzidas
e/ou veiculadas pela mídia como espaços voltados para o governamento dos corpos
infantis, produzindo, assim, diferentes discursos sobre modos de ser e de viver a
infância. Para dar conta dos objetivos traçados, nos vinculamos ao pensamento Pós-
Moderno, aos estudos Pós-Estruturalistas, ao debate dos Estudos Culturais e às
noções foucaultianas de poder, poder disciplinar, biopolítica, governamentalidade e
modos de subjetivação. Buscamos reconhecer a dança como “cenário” onde são
produzidos múltiplos discursos sobre o corpo, a partir da noção de performatividade
em Judith Butler, bem como o trânsito com a noção de heterotopias do corpo em
Michel Foucault. Como aporte metodológico, a abordagem analítica de discurso
inspirada na teoria de discurso foucaultiana – a arqueogenealogia – foi selecionada
por poder captar as condições de emergência de enunciados relacionados aos
acontecimentos discursivos que incidem sobre o corpo infantil. Para proceder com
as análises recorremos a um corpus plural e heterogêneo, advindo de diferentes
campos de saberes como imagens iconográficas, manuais de puericultura, tratados
de civilidade, documentos legais brasileiros, manuais de dança, bem como uma
diversidade de Cenas de Dança retiradas de filmes, videoclipes, do canal Youtube,
sites, programas de televisão, entre outros, que constituíram uma rede discursiva na
qual o corpo infantil foi sendo organizado a partir de jogos de saberes e poderes que
têm efeito em suas condutas. A partir da análise e descrição desse arquivo foram
observadas as regularidades e as dispersões de enunciados operados a partir de
lições, entendidas como rituais nos processos de subjetivação e governamento dos
corpos infantis, como também se descortinou uma reflexão sobre os espaços de
resistência como ecos de heterotopias, ou seja, corpos que não se (con)formam e
que subvertem as normatividades estando engajados num fazer-dizer que está
implicado política e esteticamente. |
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