Avaliação de isotipos de imunoglobulinas por citometria de fluxo para diagnóstico e critério de cura na leishmaniose tegumentar americana
O tratamento da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) apresenta limitações por ser tóxico, podendo causar efeitos adversos nos pacientes, e também, por não existir um critério de cura efetivo, que atualmente é realizado apenas clinicamente, visualizando a completa cicatrização da lesão. Além do...
Main Author: | OLIVEIRA, Beatriz Coutinho de |
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Other Authors: | HERNANDES, Valéria Pereira |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2016
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17662 |
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Summary: |
O tratamento da Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) apresenta limitações por ser
tóxico, podendo causar efeitos adversos nos pacientes, e também, por não existir um critério
de cura efetivo, que atualmente é realizado apenas clinicamente, visualizando a completa
cicatrização da lesão. Além dos desafios socioeconômicos que agravam a doença, o seu
diagnóstico apresenta dificuldades, pois além de haver a necessidade de realizar associações
entre os aspectos clínicos, epidemiológicos e laboratoriais dos pacientes para se chegar a um
resultado definitivo, os testes laboratoriais convencionais apresentam limitações. O objetivo
do trabalho foi avaliar a aplicabilidade dos isotipos de imunoglobulinas (IgG1, IgG2, IgG3 e
IgG4) por citometria de fluxo para o diagnóstico e critério de cura na leishmaniose
tegumentar americana, e fazer um comparativo da citometria de fluxo em relação às técnicas
convencionais: ELISA e Imunofluorescência Indireta. Foram utilizadas amostras de 14
pacientes, sobre as quais foram feitos os ensaios. Com relação aos resultados da comparação
da citometria de fluxo, utilizando o anticorpo IgG, com a Imunofluorescência, foi visto que
houve uma melhor acurácia do primeiro em relação ao segundo. Em comparação ao ELISA, a
citometria também demonstrou ser um teste com melhor desempenho. Para a padronização
dos isotipos IgG1, IgG2 e IgG3, foi observado que a melhor diluição do isotipo IgG1 para ser
utilizada foi a diluição 1:400, para o isotipo IgG2, 1:100 e para o isotipo IgG3 1:200. Devido
a baixa quantidade sérica circulante de IgG4 e pelo fato de ser mais encontrado em amostras
de pacientes com a forma cutânea difusa (ausente em nosso Estado), não foi possível
padronizar este isotipo. Na avaliação da aplicabilidade do isotipo IgG1, foi observado que
antes do tratamento, 36,8% dos pacientes foram negativos; nos pacientes um ano após o
tratamento, 82,3%; dois anos após o tratamento, 27,2% e nos pacientes cinco anos após
tratamento, 87,5%. Portanto, a análise global dos resultados obtidos sugere que a citometria
de fluxo aplica-se ao rastreamento da LTA e que a utilização do isotipo IgG1 tem grandes
possibilidades para contribuir como um método de diagnóstico mais específico do que os
convencionais. |
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