Associaçâo entre deficiência de vitamina de riscos cardiovascular e de insuficiência cardíaca em idosos

Avaliar associação de deficiência de vitamina D com risco cardiovascular e risco de insuficiência cardíaca em idosos atendidos em ambulatório de cardiologia. Estudo de corte transversal com abordagem analítica. Foram coletados dados de prontuários de pacientes com idade a partir dos 60 anos, no Núcl...

Full description

Main Author: PORTO, Catarina Magalhães
Other Authors: SILVEIRA, Vera Magalhães da
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2016
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17956
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Summary: Avaliar associação de deficiência de vitamina D com risco cardiovascular e risco de insuficiência cardíaca em idosos atendidos em ambulatório de cardiologia. Estudo de corte transversal com abordagem analítica. Foram coletados dados de prontuários de pacientes com idade a partir dos 60 anos, no Núcleo de Atenção ao Idoso e no ambulatório de cardiologia, do Hospital das Clínicas da UFPE do período de agosto a novembro de 2015. As variáveis dependentes (Sheffield e o risco de insuficiência cardíaca avaliado pelo questionário ABC), e a independente, a deficiência de vitamina D. A idade, sexo, escolaridade, etnia, hipertensão, diabetes mellitus, hipotireoidismo, insuficiência renal, demência, acidente vascular cerebral, dislipidemia, depressão, tabagismo, etilismo, obesidade, andropausa, arritmia cardíaca foram consideradas intervenientes. Na análise dos dados, para testar a associação entre as variáveis foram empregados o teste Qui-quadrado de Pearson e o teste exato de Fisher. Na análise logística multivariada admitiu-se ponto de corte p-valor≤ 0,20, fornecido pela análise bivariada. No modelo de regressão logística foi utilizado o método stepwise. Para análise da significância das variáveis foi feita utilizando-se o teste Wald e para a associação entre o risco cardiovascular e o de insuficiência cardíaca foi utilizado o teste Qui-quadrado. Dentre os 137 idosos, mulheres (75,9%), sobrepeso (48,2%) ou obesidade (30,6%); aumento do índice cintura/quadril (88,3%) e dislipidemia (94,2%). Identificou-se 91,2% hipertensos; 35,0% com doença coronariana definida ou possível e 27,7% com arritmia cardíaca ou hipertrofia de ventrículo esquerdo. 65% dos idosos tinham deficiência de vitamina D, com maiores riscos: sexo masculino (OR: 3,94; IC 95%=1,41-11,04; p=0,006), faixa etária ≤70 anos (OR:2,06; IC 95% =1,01-4,20; p=0,04); tabagistas (OR: 5,0; IC95% =2,02-12,34; p=0,000); obesos (OR: 8,19; IC95%=2,71-24,78; p=0,000); diabéticos (OR: 3,39; IC 95%=1,50-7,64; p=0,002), com pontuação compatível com demência (OR: 4,79; IC 95% =1,56-14,66; p= 0,003); depressão (OR: 2,679; IC 95% =1,155-6,214; p=0,02), arritmia cardíaca (OR: 2,54; IC 95%=1,05-6,11; p=0,034), doença coronariana (OR:15,34; IC 95%=4,43-53,03; p=0,000); hipertrofia ventricular esquerda ou redução da fração de ejeção ventricular esquerda (OR: 33,44; IC95%= 4.41-253,37; p=0,000). 56,9% dos idosos apresentaram risco aumentado de insuficiência cardíaca e 67,2% tinham alto risco cardiovascular. Houve associação entre ambos os riscos (p<0,001). O risco de insuficiência cardíaca esteve associado significativamente à deficiência de vitamina D (OR:4,53; IC95%=1,94-10,59; p=0,000); sexo masculino (OR: 15,32; IC 95%=3,39-69,20; p=0,000); obesidade (OR: 4,17; IC95%=1,36-12,81; p= 0,012); arritmia cardíaca (OR 3,69; IC 95% = 1,23-11,11; p=0,020). O risco cardiovascular foi fortemente associado com deficiência de vitamina D (OR: 4,53; IC95% = 1,94-10,59; p=0,000); baixa escolaridade (OR: 1,91;IC 95%=0,81-4,48; p=0,134); depressão (OR:3,22;IC95%=1,14-9,09; p=0,027) e obesidade (OR: 3,03;IC95%=0,98-9,37;p=0,054). Houve alta prevalência de deficiência de vitamina D nos idosos e forte associação entre deficiência de vitamina D e aumento dos riscos cardiovascular e de insuficiência cardíaca nesta população.