Crescimento da indústria alimentícia e a prevalência da hipertensão arterial no Brasil
Mudanças no estilo de vida, nas condições econômicas sociais e demográficas, decorrente do processo de urbanização, intensificação do trabalho feminino e a crescente industrialização, têm refletido na qualidade da dieta da população brasileira. O presente estudo teve como objetivo realizar revisão d...
Main Author: | SOUSA, Mariane Cristina Cordeiro de |
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Format: | bachelorThesis |
Language: | por |
Published: |
2017
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18258 |
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Summary: |
Mudanças no estilo de vida, nas condições econômicas sociais e demográficas, decorrente do processo de urbanização, intensificação do trabalho feminino e a crescente industrialização, têm refletido na qualidade da dieta da população brasileira. O presente estudo teve como objetivo realizar revisão da literatura, relacionando o crescimento da indústria alimentícia no Brasil e a prevalência de hipertensão arterial com vista a comprovar a hipótese. Para o levantamento bibliográfico, foram utilizados os bancos de dados MEDLINE, LILACS-BIREME, sendo selecionados artigos publicados nas últimas quatro décadas além de dados obtidos do Sistema IBGE de Restauração Anual, sobre ocupação na indústria de alimentos e os Inquéritos alimentares do ENDEF e POF’s. No período entre 1973 a 2006, correspondente a quatro décadas, houve um aumento de, aproximadamente, 70% no número de postos de emprego criados nas indústrias de alimentos no país, o que reflete a expansão no setor de alimentos e bebidas. As refeições prontas e misturas industrializadas tomaram espaço na alimentação do brasileiro. Em 1974 representava 1,29% do valor energético da dieta, passando a ser 6,81% em 2008. As informações epidemiológicas brasileiras relacionadas ao risco cardiovascular, como hipertensão arterial, mostraram-se restritas a Regiões Sudeste e Sul. Diante da escassez de estudos sobre a evolução da prevalência de hipertensão no país, não foi possível mostrar uma associação direta com o desenvolvimento da indústria, refutando-se assim a hipótese do trabalho. Todavia, foi confirmada a tendência de aumento de crescimento da indústria, do consumo de alimentos industrializados na dieta do brasileiro e da prevalência de hipertensão no Brasil. |
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