Potencial biotecnológico da nova linhagem de candida tropicalis isolada de sedimentos de mangue na prosdução de blossurfactate
Os biossurfactantes são moléculas anfipáticas produzidas por micro-organismos e possuem importância recentemente devido às várias e importantes aplicações industriais e ambientais. Estes compostos possuem vantagens como biodegradabilidade, produção a partir de fontes renováveis além de funcionali...
Main Author: | RIBEAUX, Daylin Rubio |
---|---|
Other Authors: | CAMPOS-TAKAKI, Galba Maria de |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2017
|
Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/20792 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: |
Os biossurfactantes são moléculas anfipáticas produzidas por micro-organismos e
possuem importância recentemente devido às várias e importantes aplicações industriais
e ambientais. Estes compostos possuem vantagens como biodegradabilidade, produção
a partir de fontes renováveis além de funcionalidade sobre condições extremas de pH,
salinidade e temperatura. Entretanto, a sua utilização na indústria depende da redução
do custo associado a sua produção, sendo uma possível estratégia o uso de fontes
renováveis como os resíduos agro-industriais. Neste sentido, a linhagem de Candida
tropicalis demonstrou habilidade para converter resíduos agro-industriais (soro de leite,
manipueira e óleo de soja pós-fritura) em meio de produção de biossurfactante
empregando um planejamento fatorial 2
3
. A seleção da melhor condição do
planejamento foi avaliada utilizando como variável resposta tensão superficial. Desta
forma, o melhor resultado foi obtido no meio basal (3% de soro de leite, 7% de
manipueira e 10% óleo de soja pós-fritura), observando-se uma redução da tensão
superficial da água de 72 para 30,8 mN/m. Ao mesmo tempo, a degradação de
petroderivados foi avaliada no meio Bushnell Haas, com o indicador redox 2,6-
diclorofenol – indofenol e com a linhagem selvagem aclimatada em óleo diesel a 30%.
Os resultados obtidos evidenciaram que a levedura aclimatada apresentou o melhor
resultado para o diesel com 98% de degradação. Em seguida, a linhagem foi identificada
molecularmente como Candida tropicalis. Desse modo foi realizado um perfil de
crescimento e produção do biossurfactante durante 96 horas de cultivo a 150 rpm, com
redução da tensão superficial do meio de 70 mN/m para 28,9 mN/m. O biossurfactante
produzido demonstrou estabilidade em condições extremas de pH (2- 12), temperatura
(4, 70, 100 e 120°C) e concentração salina (2-10%). O rendimento do biossurfactante
isolado foi de 3,9 g/L, com uma concentração micelar crítica de 1,5%. Além disso, o
novo biossurfactante foi caracterizado como polimérico (51% de proteinas, 37% de
lípidos e 11 % de carbohidratos), apresentando uma atividade antimicrobiana para as
bactérias Pseudomonas aeruginosa sp. Salmonella sp. UCP 6017, Serratia marcescens
UCP 1549, Eschericia coli, Lactobacillus sp., Staphylococcus aureus, Staphylococcus
epidermidis, Bacillus licheniformis UCP 1013, e a levedura Candida albicans. Ao
mesmo tempo, o biossurfactante demonstrou não ser tóxico quando testado em sementes
de Brassica oleracea, Lactuca sativa L., Solanum lycopersicum. Os resultados obtidos
confirmaram o elevado potencial biotecnológico da Candida tropicalis na
biotransformação de rejeitos agroindustriais na produção de um novo biossurfactante,
indicando uma diversidade de aplicações em processos biotecnológicos (biorremediação
com poluentes hidrofóbicos), como também para a saúde atuando contra bactérias Gram
positivas e negativas, além da levedura oportunista C. albicans. |
---|