Função pulmonar e variabilidade da frequência cardíaca em crianças que nasceram com prematuridade moderada e tardia avaliadas na idade escolar
Introdução: O nascimento prematuro pode alterar a estrutura e a função pulmonar neonatal e aumentar o risco para morbidades respiratórias mesmo em recém-nascidos (RNs) com prematuridade moderada e tardia. Ele também parece reduzir a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) desses RNs, medida de fu...
Main Author: | DANTAS, Fabianne Maisa de Novaes Assis |
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Other Authors: | SARINHO, Emanuel Sávio Cavalcanti |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28413 |
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Summary: |
Introdução: O nascimento prematuro pode alterar a estrutura e a função pulmonar neonatal e aumentar o risco para morbidades respiratórias mesmo em recém-nascidos (RNs) com prematuridade moderada e tardia. Ele também parece reduzir a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) desses RNs, medida de função do sistema nervoso autônomo (SNA) que demonstra a habilidade do coração em manter a estabilidade dos sistemas biológicos em resposta aos múltiplos estímulos fisiológicos e ambientais. É possível que função pulmonar e VFC persistam alteradas ao longo da infância, comprometendo o desempenho do sistema cardiorrespiratório e tornado-os mais vulneráveis às morbidades diversas, com impacto na qualidade de vida. Considerando que o maior percentual de nascimentos prematuros é de pré-termo moderado e tardio e que as pesquisas nessa área e com essa população são escassas, torna-se relevante investigar possíveis alterações da função pulmonar e autonômica neste grupo, na idade escolar. Métodos: Crianças nascidas com prematuridade moderada e tardia, de ambos os sexos, com idade entre 5 e 10 anos, acompanhadas no ambulatório de egressos de dois hospitais públicos da cidade (Grupo pré-termo), e crianças da mesma faixa etária, nascidas a termo, recrutadas por conveniência dos ambulatórios de puericultura dos referidos hospitais e de uma creche pública local (Grupo controle) foram submetidas à avaliação da função pulmonar, por meio da oscilometria de impulso e espirometria, e da VFC, por meio de registro eletrocardiográfico de curta duração (15 minutos). Resultados: Um total de 123 crianças foram avaliadas. As médias dos valores das variáveis espirométricas e oscilométricas analisadas (VEF1, CVF, VEF1/CVF, R5Hz, R20Hz, R5-R20, X5Hz, Fres e AX) não mostraram diferença estatisticamente significativa entre os grupos. A média de VEF1% do predito foi de 92,7 no grupo pré-termo e 94,8 no grupo controle (p = 0,617) e a média R5Hz % do predito foi de 95,2 no grupo pré-termo e 96,6 no grupo controle (p = 0,799). O mesmo foi observado na resposta broncodilatadora para as variáveis VEF1 e R5Hz, onde a média de ΔVEF1% do predito foi de 11,03 no grupo pré-termo e 9,9 no grupo controle (p = 0,630), e a média de R5Hz % do predito foi de -13,8 no grupo pré-termo e -14,6 no grupo controle (p = 0,789). As medidas de VFC, estudadas no domínio do tempo e da frequência, foram semelhantes nos dois grupos. As medianas de RMSSD, PNN50% e HF, índices que representam predominantemente a atividade parassimpática do SNA, foram de 45,5 e 48 (p = 0,385), 25 e 21,7 (p = 0,661), 1037 e 794 (p = 0,957) nos grupos pré-termo e controle, respectivamente. Discussão: Esses achados sugerem menor comprometimento do sistema respiratório e autonômico advindo da prematuridade na amostra de pré-termo estudada e/ou um potencial de recuperação das disfunções desses sistemas entre os pré-termo com equalização das funções na idade escolar, o que pode explicar a menor frequência de morbidades na amostra estudada. Conclusão: Crianças nascidas com prematuridade moderada e tardia apresentam função pulmonar e variabilidade da frequência cardíaca semelhante às crianças nascidas a termo, quando avaliadas na idade escolar. |
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