Função pulmonar e variabilidade da frequência cardíaca em crianças que nasceram com prematuridade moderada e tardia avaliadas na idade escolar
Introdução: O nascimento prematuro pode alterar a estrutura e a função pulmonar neonatal e aumentar o risco para morbidades respiratórias mesmo em recém-nascidos (RNs) com prematuridade moderada e tardia. Ele também parece reduzir a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) desses RNs, medida de fu...
Main Author: | DANTAS, Fabianne Maisa de Novaes Assis |
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Other Authors: | SARINHO, Emanuel Sávio Cavalcanti |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28413 |
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ir-123456789-284132019-10-26T05:36:53Z Função pulmonar e variabilidade da frequência cardíaca em crianças que nasceram com prematuridade moderada e tardia avaliadas na idade escolar DANTAS, Fabianne Maisa de Novaes Assis SARINHO, Emanuel Sávio Cavalcanti ANDRADE, Lívia Barboza de http://lattes.cnpq.br/1185370087951081 http://lattes.cnpq.br/0557373983746122 Recém-nascido prematuro Espirometria Osciolometria Sistema nervoso autônomo Doenças respiratórias Introdução: O nascimento prematuro pode alterar a estrutura e a função pulmonar neonatal e aumentar o risco para morbidades respiratórias mesmo em recém-nascidos (RNs) com prematuridade moderada e tardia. Ele também parece reduzir a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) desses RNs, medida de função do sistema nervoso autônomo (SNA) que demonstra a habilidade do coração em manter a estabilidade dos sistemas biológicos em resposta aos múltiplos estímulos fisiológicos e ambientais. É possível que função pulmonar e VFC persistam alteradas ao longo da infância, comprometendo o desempenho do sistema cardiorrespiratório e tornado-os mais vulneráveis às morbidades diversas, com impacto na qualidade de vida. Considerando que o maior percentual de nascimentos prematuros é de pré-termo moderado e tardio e que as pesquisas nessa área e com essa população são escassas, torna-se relevante investigar possíveis alterações da função pulmonar e autonômica neste grupo, na idade escolar. Métodos: Crianças nascidas com prematuridade moderada e tardia, de ambos os sexos, com idade entre 5 e 10 anos, acompanhadas no ambulatório de egressos de dois hospitais públicos da cidade (Grupo pré-termo), e crianças da mesma faixa etária, nascidas a termo, recrutadas por conveniência dos ambulatórios de puericultura dos referidos hospitais e de uma creche pública local (Grupo controle) foram submetidas à avaliação da função pulmonar, por meio da oscilometria de impulso e espirometria, e da VFC, por meio de registro eletrocardiográfico de curta duração (15 minutos). Resultados: Um total de 123 crianças foram avaliadas. As médias dos valores das variáveis espirométricas e oscilométricas analisadas (VEF1, CVF, VEF1/CVF, R5Hz, R20Hz, R5-R20, X5Hz, Fres e AX) não mostraram diferença estatisticamente significativa entre os grupos. A média de VEF1% do predito foi de 92,7 no grupo pré-termo e 94,8 no grupo controle (p = 0,617) e a média R5Hz % do predito foi de 95,2 no grupo pré-termo e 96,6 no grupo controle (p = 0,799). O mesmo foi observado na resposta broncodilatadora para as variáveis VEF1 e R5Hz, onde a média de ΔVEF1% do predito foi de 11,03 no grupo pré-termo e 9,9 no grupo controle (p = 0,630), e a média de R5Hz % do predito foi de -13,8 no grupo pré-termo e -14,6 no grupo controle (p = 0,789). As medidas de VFC, estudadas no domínio do tempo e da frequência, foram semelhantes nos dois grupos. As medianas de RMSSD, PNN50% e HF, índices que representam predominantemente a atividade parassimpática do SNA, foram de 45,5 e 48 (p = 0,385), 25 e 21,7 (p = 0,661), 1037 e 794 (p = 0,957) nos grupos pré-termo e controle, respectivamente. Discussão: Esses achados sugerem menor comprometimento do sistema respiratório e autonômico advindo da prematuridade na amostra de pré-termo estudada e/ou um potencial de recuperação das disfunções desses sistemas entre os pré-termo com equalização das funções na idade escolar, o que pode explicar a menor frequência de morbidades na amostra estudada. Conclusão: Crianças nascidas com prematuridade moderada e tardia apresentam função pulmonar e variabilidade da frequência cardíaca semelhante às crianças nascidas a termo, quando avaliadas na idade escolar. Introduction: Premature birth may alter infants structure and pulmonary function, despite gestational age, and increase the risk for respiratory morbidities in newborns with moderate to late prematurity. It also appears to reduce infants heart rate variability (HRV) of these newborns, a parameter for autonomic nervous system (ANS) function which evidences the heart’s ability of maintaining the biological systems’ stability in response to either physiological or environmental stimuli. It is also possible that pulmonary function and HRV remain altered throughout childhood, compromising the cardiorespiratory system performance and making children more vulnerable to several morbidities, impacting their life quality. Considering the higher percentage of premature births are of moderate to late preterm infants and the scarcity of researches in this area of study and population, it is important to investigate possible autonomic and pulmonary function alterations in school age children born from moderate to late premature births. Methods: Moderate and late premature birth children, both gender, ages 5 to 10, accompanied at the outpatient ambulatory of two public hospitals of the city (preterm group) and children of the same age with registered full term birth, recruited by convenience from the childcare outpatient clinics at the referred hospitals and a local public day care (Control group) were tested for their pulmonary function, through impulse oscillometry and spirometry and HRV using a short electrocardiographic record duration (15 minutes). Results: A total number of 123 children were evaluated. The averages of spirometric and oscilometric variables (FEV1, FVC, FEV1/FVC, R5Hz, R20Hz, R5-R20, X5Hz, Fres and AX) obtained did not evidenced statistically significant difference between the groups. The mean FEV1% predicted was 92.7 in the preterm group and 94.8 in the control group (p = 0.617) and the mean R5Hz% of predicted was 95.2 in the preterm and 96.6 in the control group (p = 0.799). The same was observed in the bronchodilator response for the FEV1 and R5Hz variables, where the mean ΔVEF1% of predicted was 11.03 in the preterm group and 9.9 in the control group (p = 0.630), and the mean of R5Hz% of predicted was -13.8 in the preterm group and -14.6 in the control group (p = 0.789). Same results were observed for bronchodilator response on FEV1 and R5Hz variables, the mean ΔVEF1% of predicted was 11.03 in the preterm group and 9.9 in the control group (p = 0.630), and the mean of R5Hz% of predicted was -13.8 in the preterm group and -14.6 in the control group (p = 0.789). HRV measures on time and frequency presented similar medians in both groups. The medians of RMSSD, PNN50% and HF, which represent predominantly the parasympathetic activity of the ANS, were 45.5 and 48 (p = 0.385), 25 and 21.7 (p = 0.661), 1037 and 794 (p = 0.957) in the preterm and control groups, respectively. Discussion: Data found suggests a decreased compromise of the respiratory and autonomic system derived of prematurity in the studied population and/or a potential recovery of these systems dysfunction on preterm infants tending to equalization of the functions during school age, which may explain the lower morbidities frequency in sample population. Conclusion: Moderate to late premature birth children and full term birth children present similar pulmonary function and heart rate variability when evaluated at school age. 2019-01-04T16:15:14Z 2019-01-04T16:15:14Z 2017-08-25 doctoralThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/28413 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Saude da Crianca e do Adolescente |
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Recém-nascido prematuro Espirometria Osciolometria Sistema nervoso autônomo Doenças respiratórias |
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Recém-nascido prematuro Espirometria Osciolometria Sistema nervoso autônomo Doenças respiratórias DANTAS, Fabianne Maisa de Novaes Assis Função pulmonar e variabilidade da frequência cardíaca em crianças que nasceram com prematuridade moderada e tardia avaliadas na idade escolar |
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Introdução: O nascimento prematuro pode alterar a estrutura e a função pulmonar neonatal e aumentar o risco para morbidades respiratórias mesmo em recém-nascidos (RNs) com prematuridade moderada e tardia. Ele também parece reduzir a variabilidade da frequência cardíaca (VFC) desses RNs, medida de função do sistema nervoso autônomo (SNA) que demonstra a habilidade do coração em manter a estabilidade dos sistemas biológicos em resposta aos múltiplos estímulos fisiológicos e ambientais. É possível que função pulmonar e VFC persistam alteradas ao longo da infância, comprometendo o desempenho do sistema cardiorrespiratório e tornado-os mais vulneráveis às morbidades diversas, com impacto na qualidade de vida. Considerando que o maior percentual de nascimentos prematuros é de pré-termo moderado e tardio e que as pesquisas nessa área e com essa população são escassas, torna-se relevante investigar possíveis alterações da função pulmonar e autonômica neste grupo, na idade escolar. Métodos: Crianças nascidas com prematuridade moderada e tardia, de ambos os sexos, com idade entre 5 e 10 anos, acompanhadas no ambulatório de egressos de dois hospitais públicos da cidade (Grupo pré-termo), e crianças da mesma faixa etária, nascidas a termo, recrutadas por conveniência dos ambulatórios de puericultura dos referidos hospitais e de uma creche pública local (Grupo controle) foram submetidas à avaliação da função pulmonar, por meio da oscilometria de impulso e espirometria, e da VFC, por meio de registro eletrocardiográfico de curta duração (15 minutos). Resultados: Um total de 123 crianças foram avaliadas. As médias dos valores das variáveis espirométricas e oscilométricas analisadas (VEF1, CVF, VEF1/CVF, R5Hz, R20Hz, R5-R20, X5Hz, Fres e AX) não mostraram diferença estatisticamente significativa entre os grupos. A média de VEF1% do predito foi de 92,7 no grupo pré-termo e 94,8 no grupo controle (p = 0,617) e a média R5Hz % do predito foi de 95,2 no grupo pré-termo e 96,6 no grupo controle (p = 0,799). O mesmo foi observado na resposta broncodilatadora para as variáveis VEF1 e R5Hz, onde a média de ΔVEF1% do predito foi de 11,03 no grupo pré-termo e 9,9 no grupo controle (p = 0,630), e a média de R5Hz % do predito foi de -13,8 no grupo pré-termo e -14,6 no grupo controle (p = 0,789). As medidas de VFC, estudadas no domínio do tempo e da frequência, foram semelhantes nos dois grupos. As medianas de RMSSD, PNN50% e HF, índices que representam predominantemente a atividade parassimpática do SNA, foram de 45,5 e 48 (p = 0,385), 25 e 21,7 (p = 0,661), 1037 e 794 (p = 0,957) nos grupos pré-termo e controle, respectivamente. Discussão: Esses achados sugerem menor comprometimento do sistema respiratório e autonômico advindo da prematuridade na amostra de pré-termo estudada e/ou um potencial de recuperação das disfunções desses sistemas entre os pré-termo com equalização das funções na idade escolar, o que pode explicar a menor frequência de morbidades na amostra estudada. Conclusão: Crianças nascidas com prematuridade moderada e tardia apresentam função pulmonar e variabilidade da frequência cardíaca semelhante às crianças nascidas a termo, quando avaliadas na idade escolar. |
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