Excesso de peso e insegurança alimentar e nutricional de mulheres em um município do sertão Pernambucano
Nos últimos anos no Brasil, são observadas mudanças na qualidade e na quantidade da dieta. Modificações associadas ao estilo de vida, as condições econômicas, sociais e demográficas, consequentemente marcadas pela repercussão negativa na saúde e no estado nutricional da população. Sendo assim est...
Main Author: | SANTOS, Ana Beatriz do Nascimento |
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Other Authors: | LEAL, Vanessa Sá |
Format: | bachelorThesis |
Language: | por |
Published: |
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29015 |
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Summary: |
Nos últimos anos no Brasil, são observadas mudanças na qualidade e na quantidade da dieta.
Modificações associadas ao estilo de vida, as condições econômicas, sociais e demográficas,
consequentemente marcadas pela repercussão negativa na saúde e no estado nutricional da
população. Sendo assim este trabalho objetiva conhecer a condição de Excesso de peso e
Insegurança Alimentar e Nutricional (InSAN) de mulheres em idade fértil do município de
Serra Talhada, sertão de Pernambuco e verificar a associação com variáveis socioeconômicas
e demográficas. A avaliação antropométrica considerou o Indice de Massa Corporal (IMC) e a
Circunferência da cintura (CC), e a condição InSAN foi avaliada de acordo com a Escala
Brasileira de Insegurança Alimentar e Nutricional (EBIA). Os dados sociodemográficos
analisados incluiram: local de moradia, renda familiar, idade, cor de pele e escolaridade.
Foram realizadas análises descritivas das variáveis mediante cálculo das distribuições de
frequência e medidas de tendência central. Para associação da variável dependente
(Insegurança Alimentar e Nutricional e excesso de peso) com as variáveis de exposição
(antropométricas, socioeconômicas e demográficas), utilizou-se o teste do quiquadrado com
correção de Yates. Do presente estudo, participaram 115 mulheres, das quais 51,3 % tinha
idade inferior a 30 anos, 38,9% nunca frequentaram a escola ou possuíam o ensino
fundamental incompleto e 50,5% recebiam de 1 a 3 salários mínimos mensais. Quanto à
condição de SAN, 66,7% das mulheres apresentava-se em Insegurança Alimentar e
Nutricional, sendo 34,2, 28,1% e 4,4% de InSAN leve, moderada e grave, consecutivamente.
De acordo com a avaliação antropométrica 63,6% das mulheres tinham excesso de ponderal,
sendo 41,4% com sobrepeso e 22,2% de obesidade, de acordo com o IMC. O tratamento da
água de beber foi a única variável que apresentou associação estatisticamente significante
com a condição de InSAN (p=0,05). Já na associação com o excesso de peso, as variáveis
idade e Circunferência da Cintura (CC) apresentaram significância estatística, com p=0,015 e
p= 0,001 respectivamente. Nesse sentido os resultados retratam a necessidade de políticas e
ações voltadas à redução da desigualdade social e de gênero que historicamente assola a
população nordestina, nesse caso especificamente, o sertão do estado de Pernambuco. |
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