Caracterização microscópica e identificação da presença de ácido oxálico em espécies frutíferas utilizadas no tratamento de hipertensão e diabetes
Diversas espécies frutíferas são utilizadas tradicionalmente no tratamento de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). Algumas dessas espécies vegetais são ricas em ácido oxálico, podendo favorecer o desenvolvimento denefropatias, acentuando assim o desajuste metabólico destes pacientes. Esta tes...
Main Author: | VASCONCELOS, Alex Lucena de |
---|---|
Other Authors: | RANDAU, Karina Perrelli |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
|
Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29626 |
Tags: |
Add Tag
No Tags, Be the first to tag this record!
|
Summary: |
Diversas espécies frutíferas são utilizadas tradicionalmente no tratamento de Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT). Algumas dessas espécies vegetais são ricas em ácido oxálico, podendo favorecer o desenvolvimento denefropatias, acentuando assim o desajuste metabólico destes pacientes. Esta tese tem como objetivo identificar e caracterizar a presença de cristais de oxalato de cálcio em nove espécies vegetais frutíferas utilizadas para o tratamento de hipertensão e diabetes e otimizar metodologia para quantificação de ácido oxálico. As espécies selecionadas foram abacateiro, cajazeiro, cajueiro, caramboleira, jenipapeiro, laranjeira, limoeiro, romãzeira e tamarindeiro, dos quais as folhas foram utilizadas para análise. Para isso, foram utilizadas técnicas de microscopia de luz, de polarização, microscopia eletrônica de varredura acoplada a espectroscopia de raios-X por dispersão de energia (EDS) e espectrofotometria UV/ VIS. Na análise de microscopia de luz foram observados tricomas tectores e glandulares, com maior incidência na face abaxial, estômatos dos tipos anomocíticos, anisocíticos e paracíticos, feixes vasculares colaterais e anficrivais, presença de esclerênquima na nervura central de algumas espécies e de diferentes tipos de cristais de oxalato de cálcio. As imagens obtidas por MEV/ EDS permitiram detalhar aspectos ultramicroscópicos, como forma, disposição e textura das características anatômicas, além da determinação química elementar dos cristais de oxalato de cálcio, a determinação dos macropadrões cristalográficos apresentados e detalhes das estruturas celulares em que estão alojados. Os ensaios histoquímicos revelam a presença de amido nas células parenquimáticas, evidenciação de cutícula revestindo as células epidérmicas, estruturas lignificadas na nervura central da folha e em fibras esclerenquimáticas, polifenóis em células epidérmicas e parenquimáticas, óleos essenciais no interior de canais secretores ou mesmo em alguns idioblastos ao longo do mesofilo, esteroides no córtex da nervura central e proantocianidinas no parênquima paliçádico de algumas espécies. O presente estudo demonstrou que o método espectrofotométrico desenvolvido foi adequado para doseamento de ácido oxálico na solução extrativa de folhas de Avherroa carambola, obtendo-se 1,7 g/ 100g de droga vegetal, demonstrando ser preciso (CV ≤ 5%), específico e linear (R2= 0,996). Diante disso, observou-se a importância deste estudo na caracterização anatômica e histoquímica destas espécies, na determinação dos padrões morfológicos dos cristais encontrados, sua composição e localização, além do conhecimento a respeito do conteúdo de ácido oxálico presente nas plantas medicinais. Os resultados obtidos auxiliaram no conhecimento destas espécies amplamente utilizadas no tratamento de diversas patologias, como as DCNT, mas que seu uso indiscriminado pode acarretar toxicidade e comprometimento renal. |
---|