Compostos fenólicos em vinhos tintos da América do Sul e distinção quimiométrica

Inicialmente, um método cromatográfico simples foi desenvolvido e validado por não se ter um método oficial para quantificar os polifenóis em geral. Os compostos fenólicos foram analisados por cromatografia líquida de alta eficiência com detecção na região UV-Vis (HPLC/UV-Vis), empregando a eluição...

Full description

Main Author: BELMIRO, Tailândia Maracajá Canuto
Other Authors: PAIM, Ana Paula Silveira
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/29946
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Summary: Inicialmente, um método cromatográfico simples foi desenvolvido e validado por não se ter um método oficial para quantificar os polifenóis em geral. Os compostos fenólicos foram analisados por cromatografia líquida de alta eficiência com detecção na região UV-Vis (HPLC/UV-Vis), empregando a eluição em gradiente. O método apresentou linearidade nas faixas de concentração (mg L⁻¹): 0,4 - 22,0 (catequina e quercetina-3-glucosídeo); 0,2 - 9,0 (ácido gálico e epicatequina); 0,05 - 1,5 (miricetina, quercetina e resveratrol) e 0,025 - 0,3 (quempferol), com valores de coeficiente de correlação (r) a partir de 0,9958. Os resultados de recuperação testados em dois níveis de concentração variaram de 82 a 110% para ácido gálico, catequina, epicatequina, quercetina-3-glucosídeo, miricetina, quercetina e resveratrol; e de 72 a 115% para quempferol. Os valores do desvio padrão relativo (DPR) variaram de 0,24 a 3,34% (n = 15), os limites de detecção de 0,75 a 1,38 μg L⁻¹ e os limites de quantificação de 0,34 a 6,52 μg L⁻¹. A análise de agrupamentos (AA) foi empregada para encontrar grupos de vinhos com as mesmas características e verificaram-se três grupos homogêneos distintos. A análise de componentes principais (PCA) foi utilizada de forma exploratória para investigar as diferenças entre os vinhos brasileiros e argentinos de acordo com o teor dos polifenóis individuais. Os vinhos tintos da Argentina apresentaram maior concentração de ácido gálico do que os do Brasil, provavelmente por dois motivos: pelo fato dos vinhos argentinos serem envelhecidos em barril de carvalho liberando ácido gálico durante o envelhecimento e por seguirem, preferencialmente, a rota biossintética fenilalanina → ácido cinâmico → ácido benzoico → derivados de ácidos benzóicos (por exemplo, ácido gálico). Por outro lado, as amostras de vinho da variedade Syrah do Vale do São Francisco, apresentaram maiores concentrações de (+)-catequina, quercetina-3-glicosídeo e resveratrol do que os vinhos da Argentina, sugerindo uma adaptação satisfatória desta variedade no “terroir” do Nordeste do Brasil.