Os fantasmas do Vietnã na guerra ao terror: a política externa de Barack Obama e a tese das duas presidências

Como a relação entre Presidente e Congresso impactou a política externa do Governo de Barack Obama? A ameaça terrorista influenciou a cooperação entre os partidos? Seria o tipo de política a variável explicativa do bipartidarismo? A partir dessas questões, o objetivo principal da pesquisa foi analis...

Full description

Main Author: GALDINO NETO, José Francelino
Other Authors: OLIVEIRA, Marcos Aurélio Guedes de
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30001
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Summary: Como a relação entre Presidente e Congresso impactou a política externa do Governo de Barack Obama? A ameaça terrorista influenciou a cooperação entre os partidos? Seria o tipo de política a variável explicativa do bipartidarismo? A partir dessas questões, o objetivo principal da pesquisa foi analisar a política externa do Governo Barack Obama (2009-2016) tendo como foco a relação entre Presidente e Congresso. Utilizamos dois eventos para analisar o período: a Guerra do Afeganistão (2001-2014) e a Invasão do Iraque (2003-2011). A base teórica foi fornecida pela Tese das Duas Presidências de Aaron Wildavsky (1966). O argumento central é que os Estados Unidos possuem um Presidente, mas ao mesmo tempo duas presidências distintas. Uma ligada à política externa, na qual o Presidente teria maior facilidade de fazer prevalecer suas preferências. A outra ligada à política interna, na qual o Congresso teria mais impacto no processo de tomada de decisão. Realizamos uma ampla revisão de literatura sobre o tema e coletamos todas as votações realizadas no Senado norte-americano durante o Governo Obama (2009-2016), com o intuito de observar se existia uma maior cooperação entre os partidos na política externa em comparação à política interna. A partir da análise entendemos que o Presidente conseguiu materializar suas preferências na política externa durante seu governo, contando com o apoio do Senado através de altos índices de aprovação. Nesse sentido, o tipo de política conseguiria explicar o modo como os Senadores votam.