A produção de masculinidades na comunicação institucional da política de saúde do homem no Brasil: entre fronteiras e sentidos
Esta dissertação tem como objetivo analisar práticas discursivas no processo de implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), tendo como foco os repertórios discursivos sobre masculinidades na publicidade/mídia oficial desta política. Trata-se de uma investigação qu...
Main Author: | LIMA, Edgley Duarte de |
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Other Authors: | DANTAS, Benedito Medrado |
Format: | masterThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30899 |
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Summary: |
Esta dissertação tem como objetivo analisar práticas discursivas no processo de implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), tendo como foco os repertórios discursivos sobre masculinidades na publicidade/mídia oficial desta política. Trata-se de uma investigação que parte da perspectiva construcionista do conhecimento, a partir de uma orientação feminista de gênero. Fundamenta-se nos estudos que tomam a masculinidade como objeto, que têm início a partir da década de 1980, impulsionados por reflexões oriundas dos anos 1960, especialmente de dois grandes movimentos: 1) o movimento feminista e 2) o movimento LGBTI. Como referencial teórico-metodológico, optamos pela Psicologia Discursiva (PD) e suas contribuições para a análise das práticas discursivas. Nessa leitura teórico-epistemológica, grande ênfase é dada à forma como os sujeitos produzem sentidos em suas relações cotidianas, a partir de diferentes atravessamentos, incluindo interações face a face e produções midiáticas, o que nos leva a pensar a investigação social como um meio privilegiado de produção de sentidos, seja por parte do sujeito pesquisador, seja por parte do sujeito da pesquisa. Em termos metodológicos, realizamos um mapeamento dos materiais publicitários das campanhas da PNAISH nas suas páginas do Ministério da Saúde e na plataforma do Facebook® e, depois, montamos um grande quadro com todas as produções (banners, cartazes, folders, panfletos etc.), com dados relativos a aspectos descritivos (título da campanha, tema, tipo de material, fonte e endereço eletrônico). A partir desse primeiro exercício, organizamos um mapa de análise em quatro conjuntos de repertórios: 1) saúde e bem-estar; 2) masculinidades e família; 3) homens e violência e 4) diversidade sexual. Com base nesta análise, foi possível observar a recorrência, no material de campanhas, de construções hegemônicas sobre o masculino e o feminino, embora estas convivam de maneira contraditória com outras linhas de produção de sentidos. Ressaltamos, ainda, que o jogo de (in)visibilidades presente no material analisado reitera o modelo de masculinidade hegemônica associado à ideia de um homem branco, jovem, heterossexual e classe média. |
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