A produção de masculinidades na comunicação institucional da política de saúde do homem no Brasil: entre fronteiras e sentidos

Esta dissertação tem como objetivo analisar práticas discursivas no processo de implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), tendo como foco os repertórios discursivos sobre masculinidades na publicidade/mídia oficial desta política. Trata-se de uma investigação qu...

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Main Author: LIMA, Edgley Duarte de
Other Authors: DANTAS, Benedito Medrado
Format: masterThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30899
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spelling ir-123456789-308992019-09-23T21:42:46Z A produção de masculinidades na comunicação institucional da política de saúde do homem no Brasil: entre fronteiras e sentidos LIMA, Edgley Duarte de DANTAS, Benedito Medrado http://lattes.cnpq.br/3843943381785518 http://lattes.cnpq.br/3188365001747186 Psicologia Homens – Saúde e higiene Homens nos anúncios Publicidade governamental Psicologia discursiva Análise do discurso Esta dissertação tem como objetivo analisar práticas discursivas no processo de implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), tendo como foco os repertórios discursivos sobre masculinidades na publicidade/mídia oficial desta política. Trata-se de uma investigação que parte da perspectiva construcionista do conhecimento, a partir de uma orientação feminista de gênero. Fundamenta-se nos estudos que tomam a masculinidade como objeto, que têm início a partir da década de 1980, impulsionados por reflexões oriundas dos anos 1960, especialmente de dois grandes movimentos: 1) o movimento feminista e 2) o movimento LGBTI. Como referencial teórico-metodológico, optamos pela Psicologia Discursiva (PD) e suas contribuições para a análise das práticas discursivas. Nessa leitura teórico-epistemológica, grande ênfase é dada à forma como os sujeitos produzem sentidos em suas relações cotidianas, a partir de diferentes atravessamentos, incluindo interações face a face e produções midiáticas, o que nos leva a pensar a investigação social como um meio privilegiado de produção de sentidos, seja por parte do sujeito pesquisador, seja por parte do sujeito da pesquisa. Em termos metodológicos, realizamos um mapeamento dos materiais publicitários das campanhas da PNAISH nas suas páginas do Ministério da Saúde e na plataforma do Facebook® e, depois, montamos um grande quadro com todas as produções (banners, cartazes, folders, panfletos etc.), com dados relativos a aspectos descritivos (título da campanha, tema, tipo de material, fonte e endereço eletrônico). A partir desse primeiro exercício, organizamos um mapa de análise em quatro conjuntos de repertórios: 1) saúde e bem-estar; 2) masculinidades e família; 3) homens e violência e 4) diversidade sexual. Com base nesta análise, foi possível observar a recorrência, no material de campanhas, de construções hegemônicas sobre o masculino e o feminino, embora estas convivam de maneira contraditória com outras linhas de produção de sentidos. Ressaltamos, ainda, que o jogo de (in)visibilidades presente no material analisado reitera o modelo de masculinidade hegemônica associado à ideia de um homem branco, jovem, heterossexual e classe média. CAPES This dissertation aims to analyze discursive practices in the National Policy of Men's Health Integral Care (NPMHIC) implementation process, with focus in the discursive repertoires on masculinities in this policy's publicity/official media. It's an investigation that starts from a knowledge constructivist perspective, the gender feminist perspective. It's based on studies that take masculinity as a study object, starting from the 1980s, driven by reflections from the 1960s, especially from two major movements: 1) the feminist movement and 2) the LGBTI (Lesbian, Gay, Bisexual, and Transgender/Transsexual and Intersex) movement. As a theoretical-methodological reference, we opted for Discursive Psychology (DP) and its contributions to the discursive practices analyses. In this theoretical-epistemological understanding, a great emphasis is given to the way subjects produce meanings in their daily relations, from different crossings, including face-to-face interactions and media productions, which implies us to think the social research as a privileged way to produce meanings, whether by the researcher or the research subject. Methodologically, we carried out a mapping of the advertising materials of the NPMHIC campaigns on its pages of the Health Ministry and on the Facebook® platform and, then, we created a big chart with all the productions (banners, posters, folders, leaflets, etc.), with their descriptive aspects (campaign title, theme, type of material, source and internet address). From this first exercise, we organized an analysis map into four repertoires sets: 1) health and well-being; 2) masculinities and family; 3) men and violence; and, 4) sexual diversity. Based on this analysis, it was possible to observe the recurrence in campaign material of hegemonic constructions on the masculine and the feminine, although these coexist in a contradictory way with other ways of meaning production. We also point out that the (in)visibility's game in the analyzed material reiterates the hegemonic masculinity model associated with the idea of a white, young, heterosexual and middle class man. 2019-06-03T21:00:47Z 2019-06-03T21:00:47Z 2018-01-29 masterThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/30899 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Psicologia
institution REPOSITORIO UFPE
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LIMA, Edgley Duarte de
A produção de masculinidades na comunicação institucional da política de saúde do homem no Brasil: entre fronteiras e sentidos
description Esta dissertação tem como objetivo analisar práticas discursivas no processo de implantação da Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem (PNAISH), tendo como foco os repertórios discursivos sobre masculinidades na publicidade/mídia oficial desta política. Trata-se de uma investigação que parte da perspectiva construcionista do conhecimento, a partir de uma orientação feminista de gênero. Fundamenta-se nos estudos que tomam a masculinidade como objeto, que têm início a partir da década de 1980, impulsionados por reflexões oriundas dos anos 1960, especialmente de dois grandes movimentos: 1) o movimento feminista e 2) o movimento LGBTI. Como referencial teórico-metodológico, optamos pela Psicologia Discursiva (PD) e suas contribuições para a análise das práticas discursivas. Nessa leitura teórico-epistemológica, grande ênfase é dada à forma como os sujeitos produzem sentidos em suas relações cotidianas, a partir de diferentes atravessamentos, incluindo interações face a face e produções midiáticas, o que nos leva a pensar a investigação social como um meio privilegiado de produção de sentidos, seja por parte do sujeito pesquisador, seja por parte do sujeito da pesquisa. Em termos metodológicos, realizamos um mapeamento dos materiais publicitários das campanhas da PNAISH nas suas páginas do Ministério da Saúde e na plataforma do Facebook® e, depois, montamos um grande quadro com todas as produções (banners, cartazes, folders, panfletos etc.), com dados relativos a aspectos descritivos (título da campanha, tema, tipo de material, fonte e endereço eletrônico). A partir desse primeiro exercício, organizamos um mapa de análise em quatro conjuntos de repertórios: 1) saúde e bem-estar; 2) masculinidades e família; 3) homens e violência e 4) diversidade sexual. Com base nesta análise, foi possível observar a recorrência, no material de campanhas, de construções hegemônicas sobre o masculino e o feminino, embora estas convivam de maneira contraditória com outras linhas de produção de sentidos. Ressaltamos, ainda, que o jogo de (in)visibilidades presente no material analisado reitera o modelo de masculinidade hegemônica associado à ideia de um homem branco, jovem, heterossexual e classe média.
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