Produção e aplicação de lipases obtidas de Aspergillus seção Terrei utilizando resíduo hidrolisado proteico de peixe como substrato

Espécies de Aspergillus vem sendo objeto de estudos devido à capacidade de produzir lipases, aumentando sua aplicabilidade em escala industrial. Os objetivos deste trabalho foram detectar e produzir lipases utilizando como substratos Hidrolisado Proteico de Peixe, por culturas de Aspergillus seção T...

Full description

Main Author: FARIAS, Cyndy Mary de Mello
Other Authors: BEZERRA, Ranilson de Souza
Format: doctoralThesis
Language: por
Published: Universidade Federal de Pernambuco 2019
Subjects:
Online Access: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32104
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Summary: Espécies de Aspergillus vem sendo objeto de estudos devido à capacidade de produzir lipases, aumentando sua aplicabilidade em escala industrial. Os objetivos deste trabalho foram detectar e produzir lipases utilizando como substratos Hidrolisado Proteico de Peixe, por culturas de Aspergillus seção Terrei mantidas na Micoteca URM; autenticar por taxonomia clássica e molecular as culturas de Aspergillus seção Terrei da Micoteca URM; selecionar o melhor produtor, verificar as melhores condições de produção da enzima; determinar o efeito e a estabilidade das lipases ao pH, temperatura, solventes orgânicos, inibidores e íons metálicos; Otimizar as etapas de aplicação da lipase no tratamento de efluente de laticínios. Foram realizadas a reativação e autenticação das culturas através das características morfofisiológicas. A seleção do melhor produtor foi realizada por fermentação submersa, utilizando hidrolisado de peixe como substrato. Das 28 culturas preservadas sob óleo mineral, todas foram analisadas com perfil morfológico, sendo confirmadas como espécies pré-descritas pela abordagem molecular, 21 culturas foram identificadas como da espécie Aspergillus terreus. O estudo de produção foi dirigido utilizando Planejamento Estatístico do tipo Plackett-Burman, o qual foram analisadas 10 variáveis, sendo concentração do hidrolisado proteico de peixe e extrato de levedura as únicas que influenciaram na produção da enzima. Os valores ótimos de produção foram: concentração do hidrolisado proteico de peixe (10% v/v), extrato de levedura (0,2 p/v), tempo de fermentação (120 h), rotação (150 rpm), pH 7,5 a 30 ºC. O extrato enzimático bruto, após a etapa de otimização de produção, foi submetido a testes de caracterização enzimática, cujo foi demonstrado a estabilidade da enzima frente uma grade faixa de pH, a solventes orgânicos, íons metálicos e não teve sua atividade comprometida pela maioria dos inibidores. Posteriormente, foi realizada a etapa de pré-purificação do extrato bruto afim de diminuir os contaminantes presentes, através da precipitação com sulfato de amônio e diálise. Com isso, foi realizada a etapa de aplicação da enzima, no estado bruto e pré-tratado, mostrado eficácia no processo quando utilizado o extrato enzimático bruto. Isso mostra a viabilidade da aplicação da enzima em etapas que não necessitam de sua purificação, diminuindo o custo final do processo de tratamento do efluente para uma escala industrial.