Relações filogenéticas de líquens da Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga
Compreender como e de que forma ocorre a distribuição das comunidades de organismos nos mais diversos ambientes, tem levantado vários questionamentos sobre: quais são os grupos predominantes, como as espécies estão distribuídas nos biomas (aglomeradas ou dispersas) e quais são os processos ecológico...
Main Author: | NASCIMENTO, Edvaneide Leandro de Lima |
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Other Authors: | CÁCERES, Marcela Eugenia da Silva |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32558 |
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Summary: |
Compreender como e de que forma ocorre a distribuição das comunidades de organismos nos mais diversos ambientes, tem levantado vários questionamentos sobre: quais são os grupos predominantes, como as espécies estão distribuídas nos biomas (aglomeradas ou dispersas) e quais são os processos ecológicos estruturadores das comunidades biológicas. Para atingir esse conhecimento em relação aos fungos liquenizados, foi conduzido um levantamento sobre a ocorrência de liquens epifíticos para o Norte e Nordeste do Brasil, nos biomas Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado, utilizando as bases de dados SpeciesLink e GBIF, análise de exsicatas nos herbários ISE e URM, além de consulta dos registros em publicações (artigos, teses, dissertações, resumos de eventos); verificou-se a existência de depósitos de sequências de DNA das regiões ITS, mtSSU e nuLSU na base de dados do NCBI para as espécies registradas. O objetivo geral do trabalho foi avaliar a diversidade filogenética e o grau de parentesco filogenético entre as comunidades de liquens em diferentes formações vegetais e biomas distribuídos nas regiões Norte e Nordeste do país. Testou-se a hipótese de que as comunidades de liquens nesses biomas apresentam padrões de distribuição que sugerem estreitas relações filogenéticas entre gêneros de Mata Atlântica e Amazônia, enquanto que gêneros de Caatinga formam clados separados. Cladogramas filogenéticos foram construídos manualmente no formato Newick baseados na literatura analisada. Adicionalmente, foram realizadas coletas de liquens epifíticos (maioria crostosos), nos biomas Caatinga e Mata Atlântica, e no ecossistema associado à Mata Atlântica, a Restinga, nos estados de Pernambuco e Paraíba. Foram identificadas 18 novas espécies: Astrochapsa inspersa E.L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Astrochapsa sp. nov., Chapsa angustispora E.L. Lima, Lücking, L. C. Maia & M. Cáceres, Chiodecton sp. nov., Diorygma sp. nov. 1, Diorygma sp. nov. 2, Graphis cilindrospora E.L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Graphis sp. nov, Hemithecium sp. nov., Malmidea sp. nov., Myriotrema sp. nov, Opegrapha sp. nov., Phaeographis sp. nov, Porina sp. nov, Pyrenula cinnabarina Aptroot, E. L. Lima & M. Cáceres, Sarcographa sp. nov., Schizotrema sp. nov., Thelotrema sp. nov., além de novos registros para os biomas estudados. Amazônia e a Mata Atlântica apresentaram maior diversidade filogenética, seguido da Caatinga. As comunidades de liquens da Caatinga e dos Brejos de altitude são filogeneticamente mais próximas, e a Caatinga e o Cerrado apresentam maior número de táxons em comum. Através da análise de estrutura de comunidade foi possível verificar que a Amazônia, a Mata Atlântica, o Brejo de Altitude e a Caatinga estão mais relacionadas filogeneticamente. O Carrasco e o Cerradão abrigam muitas espécies estreitamente relacionadas. O Brejo de Altitude, a Caatinga e a Mata Atlântica apresentam aglomerados filogenéticos e no Cerrado e na Restinga existe uma superdispersão das espécies. Fatores como clima, temperatura, índice de luminosidade, altitude, além dos processos evolutivos ocorrentes ao longo do tempo nos biomas, ecossistemas associados e fitofisionomias estão diretamente relacionados à distribuição e grau de parentesco das famílias de liquens no Norte e Nordeste do Brasil. |
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