Relações filogenéticas de líquens da Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga
Compreender como e de que forma ocorre a distribuição das comunidades de organismos nos mais diversos ambientes, tem levantado vários questionamentos sobre: quais são os grupos predominantes, como as espécies estão distribuídas nos biomas (aglomeradas ou dispersas) e quais são os processos ecológico...
Main Author: | NASCIMENTO, Edvaneide Leandro de Lima |
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Other Authors: | CÁCERES, Marcela Eugenia da Silva |
Format: | doctoralThesis |
Language: | por |
Published: |
Universidade Federal de Pernambuco
2019
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Subjects: | |
Online Access: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32558 |
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ir-123456789-325582019-10-26T04:26:41Z Relações filogenéticas de líquens da Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga NASCIMENTO, Edvaneide Leandro de Lima CÁCERES, Marcela Eugenia da Silva MAIA, Leonor Costa LÜCKING, Robert http://lattes.cnpq.br/3068193810405303 http://lattes.cnpq.br/3801791273361463 Líquens Filogenia Amazônia Caatinga Mata Atlântica Compreender como e de que forma ocorre a distribuição das comunidades de organismos nos mais diversos ambientes, tem levantado vários questionamentos sobre: quais são os grupos predominantes, como as espécies estão distribuídas nos biomas (aglomeradas ou dispersas) e quais são os processos ecológicos estruturadores das comunidades biológicas. Para atingir esse conhecimento em relação aos fungos liquenizados, foi conduzido um levantamento sobre a ocorrência de liquens epifíticos para o Norte e Nordeste do Brasil, nos biomas Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado, utilizando as bases de dados SpeciesLink e GBIF, análise de exsicatas nos herbários ISE e URM, além de consulta dos registros em publicações (artigos, teses, dissertações, resumos de eventos); verificou-se a existência de depósitos de sequências de DNA das regiões ITS, mtSSU e nuLSU na base de dados do NCBI para as espécies registradas. O objetivo geral do trabalho foi avaliar a diversidade filogenética e o grau de parentesco filogenético entre as comunidades de liquens em diferentes formações vegetais e biomas distribuídos nas regiões Norte e Nordeste do país. Testou-se a hipótese de que as comunidades de liquens nesses biomas apresentam padrões de distribuição que sugerem estreitas relações filogenéticas entre gêneros de Mata Atlântica e Amazônia, enquanto que gêneros de Caatinga formam clados separados. Cladogramas filogenéticos foram construídos manualmente no formato Newick baseados na literatura analisada. Adicionalmente, foram realizadas coletas de liquens epifíticos (maioria crostosos), nos biomas Caatinga e Mata Atlântica, e no ecossistema associado à Mata Atlântica, a Restinga, nos estados de Pernambuco e Paraíba. Foram identificadas 18 novas espécies: Astrochapsa inspersa E.L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Astrochapsa sp. nov., Chapsa angustispora E.L. Lima, Lücking, L. C. Maia & M. Cáceres, Chiodecton sp. nov., Diorygma sp. nov. 1, Diorygma sp. nov. 2, Graphis cilindrospora E.L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Graphis sp. nov, Hemithecium sp. nov., Malmidea sp. nov., Myriotrema sp. nov, Opegrapha sp. nov., Phaeographis sp. nov, Porina sp. nov, Pyrenula cinnabarina Aptroot, E. L. Lima & M. Cáceres, Sarcographa sp. nov., Schizotrema sp. nov., Thelotrema sp. nov., além de novos registros para os biomas estudados. Amazônia e a Mata Atlântica apresentaram maior diversidade filogenética, seguido da Caatinga. As comunidades de liquens da Caatinga e dos Brejos de altitude são filogeneticamente mais próximas, e a Caatinga e o Cerrado apresentam maior número de táxons em comum. Através da análise de estrutura de comunidade foi possível verificar que a Amazônia, a Mata Atlântica, o Brejo de Altitude e a Caatinga estão mais relacionadas filogeneticamente. O Carrasco e o Cerradão abrigam muitas espécies estreitamente relacionadas. O Brejo de Altitude, a Caatinga e a Mata Atlântica apresentam aglomerados filogenéticos e no Cerrado e na Restinga existe uma superdispersão das espécies. Fatores como clima, temperatura, índice de luminosidade, altitude, além dos processos evolutivos ocorrentes ao longo do tempo nos biomas, ecossistemas associados e fitofisionomias estão diretamente relacionados à distribuição e grau de parentesco das famílias de liquens no Norte e Nordeste do Brasil. CAPES Understanding how and in what form the distribution of the communities of organisms occurs in the most diverse environments has raised several questions such as: what are the predominant groups, how the species are distributed in the biomes (agglomerated or dispersed) and what are the ecological processes structuring the biological communities. In order to reach this knowledge, a survey was carried out on the occurrence of epiphytic lichens for the North and Northeast Regions of Brazil, in the Amazonia, Caatinga, Atlantic Forest and Cerrado biomes, using the SpeciesLink and GBIF databases, ISE and URM exsiccates analysis, besides consulting the species records in publications (articles, theses, dissertations, conference abstracts); the existence of the DNA sequences deposits of the ITS, mtSSU and nuLSU regions in the NCBI database for registered species was investigated. The objective of this work was to evaluate the phylogenetic diversity and the degree of phylogenetic relatedness between the lichen communities in different plant formations and biomes distributed in the North and Northeast regions of the country. It has been hypothesized that lichen communities in these biomes have distributional patterns that suggest close phylogenetic relatedness between Atlantic Forest and Amazon genera, while Caatinga genera form separate clades. Phylogenetic cladograms were manually constructed in the Newick format based on the analyzed literature. In addition, epiphytic lichen collections, mostly crustose, were collected in the Caatinga and Atlantic Forest biomes, and in the ecosystem associated with the Atlantic Forest, the Restinga in the states of Pernambuco and Paraíba. Eighteen new species were identified: Astrochapsa inspersa E. L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Astrochapsa sp. nov., Chapsa angustispora E.L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Chiodecton sp. nov., Diorygma sp. nov.1, Diorygma sp. nov. 2, Graphis cilindrospora E.L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Graphis sp. nov, Hemithecium sp. nov., Malmidea sp. nov., Myriotrema sp. nov, Opegrapha sp. nov., Phaeographis sp. nov, Porina sp. nov, Pyrenula cinnabarina Aptroot, E. L. Lima & M. Cáceres, Sarcographa sp. nov., Schizotrema sp. nov., Thelotrema sp. nov., as well to the new records for the studied biomes. The results indicated that the Amazon and the Atlantic Forest presented greater phylogenetic diversity, followed by Caatinga. The lichen communities of Caatinga and Brejos de Altitudes are phylogenetically closer, and the Caatinga and Cerrado have a greater number of taxa in common. Through the analysis of community structure it was possible to verify that the Amazon, Atlantic Forest, Brejo de Altitude and Caatinga are more related phylogenetically. Carrasco and Cerradão ecosystems harbor many closely related species. Brejo de Altitude, Caatinga and Atlantic Forest have phylogenetic clusters and, in Cerrado and Restinga areas there is a superdispersion of the species. Factors such as climate, temperature, luminosity index, altitude, besides evolutionary processes occurring over time in biomes, associated ecosystems and phytophysiognomies are directly related to the distribution and degree of relatedness of lichen families in the North and Northeast of Brazil. 2019-09-11T17:50:18Z 2019-09-11T17:50:18Z 2017-08-28 doctoralThesis https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32558 por embargoedAccess Attribution-NonCommercial-NoDerivs 3.0 Brazil http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/br/ application/pdf Universidade Federal de Pernambuco UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos |
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Líquens Filogenia Amazônia Caatinga Mata Atlântica |
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Compreender como e de que forma ocorre a distribuição das comunidades de organismos nos mais diversos ambientes, tem levantado vários questionamentos sobre: quais são os grupos predominantes, como as espécies estão distribuídas nos biomas (aglomeradas ou dispersas) e quais são os processos ecológicos estruturadores das comunidades biológicas. Para atingir esse conhecimento em relação aos fungos liquenizados, foi conduzido um levantamento sobre a ocorrência de liquens epifíticos para o Norte e Nordeste do Brasil, nos biomas Amazônia, Caatinga, Mata Atlântica e Cerrado, utilizando as bases de dados SpeciesLink e GBIF, análise de exsicatas nos herbários ISE e URM, além de consulta dos registros em publicações (artigos, teses, dissertações, resumos de eventos); verificou-se a existência de depósitos de sequências de DNA das regiões ITS, mtSSU e nuLSU na base de dados do NCBI para as espécies registradas. O objetivo geral do trabalho foi avaliar a diversidade filogenética e o grau de parentesco filogenético entre as comunidades de liquens em diferentes formações vegetais e biomas distribuídos nas regiões Norte e Nordeste do país. Testou-se a hipótese de que as comunidades de liquens nesses biomas apresentam padrões de distribuição que sugerem estreitas relações filogenéticas entre gêneros de Mata Atlântica e Amazônia, enquanto que gêneros de Caatinga formam clados separados. Cladogramas filogenéticos foram construídos manualmente no formato Newick baseados na literatura analisada. Adicionalmente, foram realizadas coletas de liquens epifíticos (maioria crostosos), nos biomas Caatinga e Mata Atlântica, e no ecossistema associado à Mata Atlântica, a Restinga, nos estados de Pernambuco e Paraíba. Foram identificadas 18 novas espécies: Astrochapsa inspersa E.L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Astrochapsa sp. nov., Chapsa angustispora E.L. Lima, Lücking, L. C. Maia & M. Cáceres, Chiodecton sp. nov., Diorygma sp. nov. 1, Diorygma sp. nov. 2, Graphis cilindrospora E.L. Lima, Lücking, L.C. Maia & M. Cáceres, Graphis sp. nov, Hemithecium sp. nov., Malmidea sp. nov., Myriotrema sp. nov, Opegrapha sp. nov., Phaeographis sp. nov, Porina sp. nov, Pyrenula cinnabarina Aptroot, E. L. Lima & M. Cáceres, Sarcographa sp. nov., Schizotrema sp. nov., Thelotrema sp. nov., além de novos registros para os biomas estudados. Amazônia e a Mata Atlântica apresentaram maior diversidade filogenética, seguido da Caatinga. As comunidades de liquens da Caatinga e dos Brejos de altitude são filogeneticamente mais próximas, e a Caatinga e o Cerrado apresentam maior número de táxons em comum. Através da análise de estrutura de comunidade foi possível verificar que a Amazônia, a Mata Atlântica, o Brejo de Altitude e a Caatinga estão mais relacionadas filogeneticamente. O Carrasco e o Cerradão abrigam muitas espécies estreitamente relacionadas. O Brejo de Altitude, a Caatinga e a Mata Atlântica apresentam aglomerados filogenéticos e no Cerrado e na Restinga existe uma superdispersão das espécies. Fatores como clima, temperatura, índice de luminosidade, altitude, além dos processos evolutivos ocorrentes ao longo do tempo nos biomas, ecossistemas associados e fitofisionomias estão diretamente relacionados à distribuição e grau de parentesco das famílias de liquens no Norte e Nordeste do Brasil. |
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